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Com retorno da Do Bem, holding Tropical ingressa no mercado de bebidas premium

Aporte de R$ 20 milhões modernizou fábrica de Visconde do Rio Branco
Com retorno da Do Bem, holding Tropical ingressa no mercado de bebidas premium
Victor Wanderley: compra da Do Bem tem o objetivo de resgatar o pioneirismo da Tial | Foto: Divulgação Tial

Após ser adquirida pela holding Tropical, que tem entre as marcas Tial e Do Bem, reconhecida no mercado pelos sucos 100% naturais, sem adição de açúcar e conservantes, voltou ao mercado. As bebidas são produzidas na fábrica da Tial, localizada em Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata. A unidade recebeu aportes de R$ 20 milhões para a instalação dos equipamentos e produção das bebidas Do Bem. A expectativa é que a Do Bem gere um faturamento anualizado, em 2025, de aproximadamente R$ 30 milhões.

Conforme o CEO e sócio da Tial, Victor Wanderley, a compra da Do Bem tem o objetivo de resgatar o pioneirismo da Tial, que vai completar 40 anos em 2026 e foi o primeiro suco pronto para beber no País sem aditivos químicos e conservantes.

“Desde que assumi, em 2019, estamos em movimento de resgatar o pioneirismo da marca Tial, que segue a tendência de saudabilidade e sustentabilidade, atendendo à demanda dos consumidores. Fizemos vários lançamentos dentro da própria marca Tial, que tem o propósito de oferecer produtos para a família como um todo, com um bom custo-benefício. Além disso, existe uma oportunidade dentro desse mercado para produtos premium, de maior valor agregado e que entregam benefícios a mais. Então surgiu a oportunidade junto à Ambev, que estava vendendo a marca Do Bem”.

Victor Wanderley
Victor Wanderley: compra da Do Bem tem o objetivo de resgatar o pioneirismo da Tial | Foto: Divulgação Tial

Ainda conforme Wanderley, o negócio foi fechado no final de 2024 e a Do Bem foi assumida no início de 2025. A transação, cujo valor não foi divulgado, incluiu as marcas, formulações e equipamentos da Ambev. Assim, a produção da Do Bem acontece na fábrica da Tropical em Visconde do Rio Branco.

Parte do maquinário ainda está sendo instalado na fábrica. O investimento nessa fase de instalação é de aproximadamente R$ 20 milhões. Com a conclusão do processo, a fábrica terá capacidade produtiva de cerca de 100 milhões de litros por ano.

“Um ponto interessante é que um desses equipamentos foi o primeiro no mundo a trazer um novo conceito de pasteurização, utilizando menos água, menos energia e com menos desperdício de produto. Por isso, ele está bem alinhado ao nosso propósito de sustentabilidade”.

A fábrica de Visconde do Rio Branco atende todo o mercado brasileiro, com atuação principalmente nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. A Do Bem aproveitará a logística e a estrutura de vendas e marketing já desenvolvidas pela Tial, o que, segundo Victor, fortalecerá a marca, especialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde a Do Bem já possui maior reconhecimento.

O retorno da Do Bem ao mercado contou com a introdução de cinco produtos: suco integral de laranja, suco cem por cento de uva, suco cem por cento de maçã, água de coco integral e chá mate de limão. Em novembro, a Tropical lançou uma bebida vegetal à base de babaçu, a primeira do mundo, em parceria com a Reflyta, Tetra Pak e Polvo Lab. O lançamento valoriza o ingrediente nativo brasileiro.

“Este lançamento busca não apenas entrar no mercado de bebidas vegetais, mas também realizar um trabalho na região do Maranhão, envolvendo as quebradeiras de coco de babaçu”.

Além da Do Bem, atualmente, a Tropical possui cinco marcas sob seu guarda-chuva: Tial, Pley by Ney, Desinchá, Suívie e Minecraft (em parceria com a Microsoft).

Em relação ao impacto financeiro, a expectativa é que a Do Bem gere um faturamento anualizado, em 2025, de aproximadamente R$ 30 milhões. Em 2026, a projeção é que a Do Bem represente cerca de 10% das vendas totais da Tropical. O faturamento da Tropical em 2024 foi de quase R$ 400 milhões, valor que deve ser mantido em 2025.

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