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E-commerce pode ser caminho para MPEs superarem desafio para exportações

Brasil tem de 25 mil a 27 mil empresas que vendem seus produtos para outros países
E-commerce pode ser caminho para MPEs superarem desafio para exportações
Foto: Divulgação CNI

A maior dificuldade nas exportações brasileiras está nas micro e pequenas empresas (MPEs) e o e-commerce é o caminho mais fácil para que as MPEs consigam exportar, afirmou o representante regional no Sudeste da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Gustavo Sperandio, durante a 1ª Semana Industrial Mineira, feira de produtos e serviços para a indústria, que aconteceu em Belo Horizonte.

Ele aponta que uma exportação tradicional, nas grandes empresas, geralmente requer uma pessoa responsável pela área, o que não é viável para as micro e pequenas empresas, já que, na maioria das vezes, contam apenas com o microempreendedor que acumula praticamente todas as funções do negócio.

“O que a gente tenta é facilitar a exportação de uma maneira que ele não precise dedicar tanto tempo e o e-commerce é exatamente isso. É uma maneira que ele pode colocar o produto lá, depois que entender qual é a melhor maneira de expor o produto, ele faz essa exposição e o produto está lá 24×7 trabalhando por ele”, explica Sperandio.

A Apex Brasil capacita as MPEs brasileiras para uma inserção nos marketplaces internacionais no e-commerce. A consultoria orienta para o conhecimento necessário de uma língua estrangeira, fotos especiais, entre outras medidas para tornar o produto atrativo dentro da plataforma para compradores estrangeiros.

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A capacitação é gratuita e flexível à disponibilidade do empreendedor, o que pode ser determinante para que a MPE consiga realizar exportações, já que não possuem estrutura e capacidade de investimento para realizar os processos sem apoio. Em 2023, a Apex capacitou mais de 17 mil empresas, sendo 43% MPEs.

“O papel da Apex Brasil é justamente tentar trazer uma quantidade cada vez maior de micro e pequenas empresas para exportação, que são empresas que têm menor capacidade de investimento, infraestrutura menor, que às vezes têm potencial enorme de exportação, mas precisam de apoio para começar a fazer esse movimento”, ressalta.

O representante da agência considera muito pouco para um país com agronegócio, peso continental e diversidade econômica do tamanho que tem o Brasil, ter apenas entre 25 mil e 27 mil empresas que exportam seus produtos.

Gustavo Sperandio aponta que Minas Gerais tem uma grande vantagem para as exportações pela enorme diversificação da economia. A participação das MPEs mineiras em vários segmentos permite também várias áreas de promoção comercial.

“Obviamente o potencial de exportação é de acordo com o produto, só que Minas tem uma indústria tão diversa, que hoje você consegue mandar produto para o mundo inteiro. Tem desde o produto mais básico, o minério de ferro, até uma máquina com alta tecnologia, alto valor agregado. O Estado tem essa característica de diversidade. É o grande diferencial”, finaliza.

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