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Em fase de recuperação, Americanas supera expectativas e fatura R$ 1 bi com Páscoa

Rede comemorou os resultados de vendas em momento que reorganiza a casa após pedido de recuperação judicial
Em fase de recuperação, Americanas supera expectativas e fatura R$ 1 bi com Páscoa
Vendas representaram um salto de 20% na Páscoa de 2024, frente ao mesmo período de 2023 | Crédito: Agência Brasil/Tânia Rêgo

A rede Americanas ultrapassou a meta de crescimento de 20% estipulada anteriormente com a comercialização de artigos para a Páscoa. Esse desempenho é uma comparação com as vendas efetuadas durante a Páscoa de 2023. O faturamento da empresa no referido período deste ano atingiu a marca de R$ 1 bilhão, com 1.600 pontos de venda em todo o Brasil.

As vendas positivas sinalizaram um ponto de inflexão nas operações da empresa, em pouco mais de um ano após solicitar recuperação judicial.

Durante a Páscoa de 2024 a varejista registrou o total de 160 milhões de itens vendidos, incluindo ovos de chocolate e caixas de doces e brinquedos de pelúcia. Somente em ovos de Páscoa e produtos temáticos, foram comercializados 13 milhões de itens.

Os resultados, que trouxeram lucratividade ao período sazonal da Americanas, atendem às previsões da nova direção e sublinham a fase de renovação pela qual a companhia atravessa. Em ênfase, a estratégia de mercado para obter novos laços com colaboradores e fornecedores, tem despontado a atenção. Um exemplo foi o anúncio da possibilidade de utilização do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para facilitar a compra de ovos de chocolate. A iniciativa também causou controvérsias nas redes sociais.

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“Um a cada dois brasileiros comprou produtos de Páscoa na Americanas. Tivemos um crescimento de 14% no número de transações nas lojas físicas frente o mesmo período do ano anterior. Por trás desse resultado, há uma estratégia de compra e distribuição muito bem azeitada com os nossos fornecedores, que tem na Americanas um canal de vendas de extrema relevância”, disse o vice-presidente comercial e de operações da Americanas, Osmair Luminatti.

Veja quais foram os itens mais vendidos nesta Páscoa:

  • caixa de bombom Garoto 250g;
  • caixa de bombom Nestlé 251g;
  • chocolate Kit Kat 41,5 g;
  • Bis Xtra 45g;
  • tabletes Lacta 80g e 90g;
  • tabletes Hersheys 77g e 82g.
Ovos de chocolate | Crédito: Agência Brasil/Tânia Rêgo

Juntos, todos os chocolates listados totalizaram aproximadamente 85 milhões de unidades comercializadas na Páscoa deste ano. Já entre os ovos de chocolate, os campeões de vendas foram:

  • Kit Kat 332g;
  • Alpino 339,5g;
  • ovo LOL 90 g da Delicce;
  • caixa de bombom Amor Carioca DUO da marca Neugebauer e as pelúcias de Páscoa venderam cerca de 500 mil unidades, com um crescimento de 45%, frente 2023.

Americanas esteve entre os assuntos mais procurados na internet na Páscoa

A varejista também manteve a primeira posição em 20 das 25 principais buscas orgânicas na internet relacionadas à Páscoa, com termos como:

  • Americanas Ovo de Páscoa;
  • Americanas Chocolate;
  • Americanas Barra de Chocolate;
  • Americanas Caixa de Bombom;
  • Americanas Bis.

“Esta Páscoa comprovou que a Americanas conta com um componente de vendas que faz toda a diferença: a lembrança e o carinho do público pela marca, além de um atributo fundamental para o bolso do brasileiro nos dias de hoje que é a variedade, tanto de preço e quanto de sortimento”, reforçou Luminatti.

Segundo ele, a acessibilidade nos preços dos produtos ofertados ocasionou uma oportunidade maior do uso de meios de pagamento com formatos à vista (Pix, cartão de débito e dinheiro), que totalizaram em 57% somente na última semana do mês de março.

Recuperação judicial

Foi em janeiro de 2023 que a Americanas apresentou à Justiça brasileira um pedido de recuperação judicial diante de dificuldades financeiras. Praticamente com um ano e três meses solicitado, o processo representa o maior da história do País, citando dívidas de R$ 42,5 bilhões, após uma rápida deterioração do caixa, oito dias após a revelação do rombo de pelo menos R$ 20 bilhões no balanço do início de 2023.

Na época, a varejista havia informado que os motivos para o pedido de recuperação estavam atrelados a pioras nas conversas com credores e fornecedores, consequentes reduções da posição de caixa disponível e a necessidade de manter a operação.

Em dezembro de 2023 a rede obteve a aprovação do seu plano de recuperação judicial em Assembleia Geral de Credores (AGC), com 90% de apoio. Já em fevereiro deste ano, após o recesso judiciário, o plano apresentado pelo Grupo Americanas foi homologado pela 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro.

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