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Emater dá suporte ao produtor rural

Crédito: Divulgação

No âmbito do poder público estadual, o ODS 2 é propagado principalmente pelo programa Minas Sem Fome, que é desenvolvido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado Minas Gerais (Emater) desde 2006. De acordo com a gestora do programa, Márcia Pimentel, o foco da iniciativa é trabalhar com o agricultor com vistas à melhoria do desenvolvimento sustentável.

“Por meio de diversas ações, o Minas Sem Fome promove o direito à alimentação saudável e digna. O projeto leva as políticas públicas até o agricultor familiar, ajudando-o a processar corretamente os alimentos e garantindo a segurança alimentar e a qualidade nutricional”, afirma.

Entre as ações mais importantes do Minas Sem Fome estão as agroindústrias, que são unidades de processamento de alimentos disponibilizadas a comunidades de agricultores familiares. Ao todo são 84 agroindústrias no Estado, onde são processados alimentos como doces, queijos, farinha de mandioca, entre outros.

“As unidades são estrategicamente instaladas nas regiões onde há maior produção de alimentos. Cada uma delas é equipada com máquinas para processamento de determinado tipo de alimento que é predominante naquela cidade”, explica.

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A Emater também distribui, por meio desse programa, kits para as feiras livres, que são destinadas a associações de agricultores para incentivo de feiras coletivas de alimentos. Esses kits incluem barracas, caixas de plástico para condicionar hortaliças e legumes corretamente, além de balanças.

“A maioria dos agricultores vende seu produto em calçadas, em situações pouco adequadas. Com esse kit, eles podem se organizar melhor coletivamente”, diz.

O programa também distribui kits para o abastecimento de água, que inclui caixas d’água, bomba submersa, hidrômetro e canos com diversos diâmetros, além de 580 tanques de resfriamento de leite, que dá eficiência ao trabalho dos produtores de leite.

“Em 2018, o Minas Sem Fome beneficiou diretamente 150 mil famílias, além de outras 350 mil indiretamente. Atualmente, o projeto conta com 2 mil ações diferentes e 18.300 equipamentos espalhados pelo Estado”, afirma.

Projeto mira “agricultores do futuro”

Não há dúvidas que a promoção de uma agricultura sustentável passa pela mudança de cultura da população. E é exatamente nesse sentido que atua o negócio social, Agrotur, localizado em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Criado há 10 anos, o projeto trabalha com educação de crianças em prol da valorização do campo e da produção de alimento.

O projeto acontece sempre dentro de grandes feiras de agropecuária ou de entidades que representam o setor, onde é montado um espaço de 400 metros quadrados chamado “mini fazenda”. De acordo com a CEO da Agrotur, Isabel Gonçalves, o espaço tem capacidade para receber até 6 mil crianças, que são de aglomerados da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

“A visita à mini fazenda dura uma hora e meia e, lá, as crianças têm contato com animais, presenciam o processo de retirada de leite, aprendem sobre o plantio de algodão e fazem oficina de horta caseira”, explica.

A CEO explica que se trata de um negócio social porque a atração da mini fazenda é vendida às feiras e às entidades, mas todo o recurso arrecadado é destinado à manutenção do projeto. Ela afirma que seu principal objetivo é sensibilizar as crianças sobre a importância do campo para a produção de alimento saudável.

“Meu sonho é que esse projeto desperte empreendedores rurais. Além disso, acredito que as crianças são ótimas multiplicadoras da ideia: elas levarão esses conceitos às famílias e participarão desse futuro baseado em uma nova cultura de vida mais saudável e de valorização do campo”, diz.

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