Embaré evitará a emissão de 80,48 t de CO2 na atmosfera

Consciente da importância das práticas ambientais, sociais e de governança para a sociedade, a Embaré uma das maiores empresas de laticínios do Brasil, com fábricas em Lagoa da Prata, Santo Antônio do Monte e Patrocínio, firmou parceria com a Polen, startup que oferece soluções sustentáveis com tecnologia blockchain (que permite rastrear o envio e recebimentos de informações pela internet) para a certificação e comprovação da reciclagem dos resíduos gerados pelas suas embalagens.
O mercado de créditos de logística reversa, que vem conquistando cada vez mais espaço nos setores da economia brasileira, funciona com uma mecânica similar a dos créditos de carbono. As empresas geram embalagens e podem compensar os resíduos colocados no meio ambiente comprando créditos de logística reversa, ou de reciclagem, de empresas do ramo, como a Polen, por exemplo. No caso da Embaré, a cleantech gera tokens (cada um deles equivalem a 1kg de material compensado) em seu sistema blockchain, faz a certificação do processo de triagem dos resíduos em cooperativas e gestores de resíduos, audita todas as licenças cabíveis à operação e garante a rastreabilidade do material reciclado para comprovação exigida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
De acordo com Luiz Augusto Rezende, gerente de garantia da qualidade da Embaré, responsável pelo gerenciamento das políticas de sustentabilidade da empresa, a Embaré possui uma gestão pautada na busca contínua de alternativas que minimizem os impactos da fabricação de produtos lácteos ao meio ambiente e que contribuam com a melhoria da qualidade de vida da sociedade.
“O trabalho da Polen consiste em mapear, credenciar e desenvolver operadores de reciclagem. O credenciamento inclui uma avaliação minuciosa de questões sociais envolvidas no trabalho de reciclagem e o desenvolvimento do projeto está pautado em fornecer equipamentos necessários, treinamentos e outras necessidades demandadas pelos próprios operadores”, explica o gerente.
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Ainda de acordo com Rezende, esse projeto permite a empresa abraçar tanto a parte ambiental quanto a social já que as embalagens que foram colocadas no mercado pela Embaré são recolhidas e destinadas para novas cadeias produtivas, fomentando a economia circular a partir do investimento e desenvolvimento de diversos operadores de reciclagem espalhados pelo Brasil.
No segundo semestre de 2021, a Embaré já realizou a compensação de 1.365 toneladas, sendo 933 de papel e 432 de plástico, que são repassadas para diversas cooperativas, por meio dos créditos de logística reversa. Esse montante, representa 83,95% da meta de reciclagem da companhia estipulada para 2020, que corresponde a reciclagem de 22% do volume de embalagens colocadas no mercado. Iniciativa esta que evitará a emissão de 80,48 toneladas de gás carbônico (CO²) na atmosfera.
Essa compensação da massa de embalagens da empresa, aconteceu em seus mercados de atuação: Minas Gerais (900,59 t), Pernambuco (375,951 t), Paraíba (21,715 t), Rio de Janeiro (17,57 t), Rio Grande do Norte (16,081 t), São Paulo (15,42 t), Espírito Santo (14,091 t), Rio Grande do Sul (1,33 t), Amazonas (1,16 t) e Mato Grosso (0,33 t).
Para o CEO da Polen, Renato Paquet, essa atitude da Embaré mostra que a empresa está preocupada com as gerações futuras, e tomando atitudes para mitigar os impactos provocados pelas suas embalagens, mas também assume um protagonismo nas questões ambientais relativas à empresa para além de indústrias.
“O Brasil recicla apenas 3% de todo o resíduo que produz, segundo Abrelpe, e nós aqui na Polen lutamos muito para que esse número aumente exponencialmente e consigamos ter um mundo melhor. Uma empresa com o reconhecimento que a Embaré tem, adotando nosso sistema e trabalhando em prol da sustentabilidade, mostra que estamos no caminho certo e vamos conseguir transformar o mindset do mercado e da sociedade com relação a esse tema”, afirmou o CEO da Polen.
Políticas de sustentabilidade
A redução da emissão de carbono na atmosfera está no radar das políticas de sustentabilidade da empresa, que tem adotado de forma crescente a utilização de fontes renováveis de energia, a modernização de suas fábricas, com máquinas e equipamentos cada vez mais eficientes e que consomem menos energia, além da introdução de tecnologias mais eficientes em todos os seus processos.
De acordo com Rezende, no momento a companhia está estudando a viabilidade a implementação de veículos elétricos na frota logística da empresa. As análises estão sendo feitas com uma van elétrica, com autonomia de 300km e capacidade de 700kg de carga e uma carreta double deck, com capacidade para 60 pallets, possibilitando aumento de volume nas cargas. Além disso, já estão estudando o próximo teste, que será com um caminhão cavalo truck movido a gás GNV. “Seguimos investindo e desenvolvendo projetos para encontrar alternativas mais benéficas ao meio ambiente”, comenta.
A companhia possui um longo histórico de comprometimento com a preservação do meio ambiente e com a sustentabilidade e possui diversas iniciativas em prol do meio ambiente: coprocessamento de resíduos sólidos, tratamento dos efluentes industriais, por meio da Estação de Tratamento de Efluente Industriais (Etei), Projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL); de 100% de reaproveitamento do biogás, uso consciente de recurso não renovável – como a recuperação da água evaporada no processo de concentração e secagem de leite -, dentre outras iniciativas, são exemplos de ações focadas em prol do meio ambiente, Todas elas são coordenadas pela Comissão Interna de Conservação de Energia (Cice), equipe multidisciplinar que avalia medidas a serem adotadas dentro do processo de produção da empresa para redução de consumo de energia, água e vapor.
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