Negócios

Empreendedorismo feminino é tema de evento no Sebrae

Objetivo do encontro é gerar um ambiente de muita conexão e networking
Atualizado em 9 de março de 2024 • 10:04
Empreendedorismo feminino é tema de evento no Sebrae
Foto: Reprodução / Adobe Stock

Acontece hoje (7), às 18 horas, na sede do Sebrae Minas, no bairro Nova Granada, em Belo Horizonte, na região Oeste, o evento “Empreender é ressignificar”. A iniciativa é um desdobramento da coluna de mesmo nome que reestreia no DIÁRIO DO COMÉRCIO também hoje.

Criada pela fundadora da Rede Marianas Mulheres e presidente da Central Única de Favelas – Minas Gerais (Cufa Minas Gerais), Marciele Delduque, a coluna traz a ideia de que o empreendedorismo feminino é capaz não apenas de mudar a vida dessa mulher, mas de toda a sociedade.

“O evento nasce a partir da parceria com o DIÁRIO DO COMÉRCIO, que abriu espaço para uma coluna ampla e colaborativa. Hoje, comemoramos a parceria com o Sebrae Minas e o coletivo Marianas na luta para que o empreendedorismo feminino periférico seja visto e acolhido. O objetivo desse encontro é gerar um ambiente de muita conexão, muito networking entre nós, mulheres empreendedoras de Belo Horizonte e cidades vizinhas. Queremos que essas mulheres possam se engajar entre elas e fazer bons negócios”, explica Marciele Delduque. 

O acolhimento e a colaboração são fundamentais para que o empreendedorismo feminino cresça e frutifique. Dados do Sebrae mostram que as mulheres abrem negócios na mesma proporção que os homens e, normalmente, são mais escolarizadas. No que se refere ao incentivo no núcleo familiar, porém, não recebem o mesmo apoio que os homens. Sessenta e oito por certo deles afirmam receber apoio de companheiras contra 61% das mulheres. Ao mesmo tempo, cerca de 25% das empreendedoras já sofreram preconceito em seus negócios por serem mulheres. Além disso, 42% já presenciaram outra mulher passando pelo mesmo problema.

Uma pesquisa recente feita pelo Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGVcenn), em parceria com a Fundação Arymax, confirma que o empreendedorismo social realizado nas periferias das grandes cidades do País é majoritariamente composto por mulheres negras (70%), perfil já apontado pelo levantamento feito pela Rede de Mulheres Empreendedoras (RME) em 2018. Ou seja, o empreendedorismo periférico também é negro e feminino. E isso certamente explica a pouca atenção que o segmento recebe da sociedade em geral.

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A proposta do evento “Empreender é ressignificar” é reunir em Belo Horizonte, na sede do Sebrae Minas, cerca de 200 empreendedoras, autoridades, redes de apoio e representantes da sociedade em uma jornada de debates, relacionamentos e fomento de negócios, além de apresentar cases de sucesso de mulheres que romperam a violência.

Além disso, a iniciativa visa apresentar proposições concretas que fortaleçam o empreendedorismo feminino, viabilizem negócios e que ajudem mineiras a romperem ciclos de violências psicológicas, patrimoniais, físicas e engajem a sociedade na busca de soluções para o problema.

Para isso, a presidente do DIÁRIO DO COMÉRCIO, Adriana Muls, vai apresentar, na abertura do encontro, uma Carta Manifesto dirigida à sociedade e às autoridades.

“Entendemos que a coluna ‘Empreender é Ressignificar’ converge com nosso posicionamento frente à mulher. Por isso, trazer a Carta Manifesto para evocar a sociedade é fomentar a atuação em rede na defesa dessa economia transformadora. O combate à violência contra a mulher é uma temática prioritária para o Movimento Minas 2032“, afirma Adriana Muls.

O Movimento Minas 2032 – pela transformação global (MM 2032), liderado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, propõe uma discussão sobre um modelo de produção duradouro e inclusivo, capaz de ser sustentável, e o estabelecimento de um padrão de consumo igualmente responsável, com base nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), preconizados pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2015.

Influenciadora Ana Justino entre os convidados do “Empreender é ressignificar”

Na programação do “Empreender é ressignificar”, que é gratuito, estão nomes como o da influenciadora e líder do Movimento Ela Nobre, Ana Justino, com a palestra “Você é uma marca”, sobre posicionamento profissional e pessoal; e o painel “Empreendedorismo como ferramenta que salva-vidas”, com a empreendedora Shirley Moraes e a promotora de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ana Tereza Ribeiro Salles, mediado pela cientista social Christiane Freitas.

Também vão participar do evento a superintendente geral do Sistema Divina Providência, Dolores Bertila; a head da TV Globo em Minas, Marina Crespi; e a influenciadora digital Sara Mara. Além disso, haverá o pocket show de Fran Januário.

“Raramente temos eventos como esse, criado com um olhar sobre o empreendedorismo feminino de favela, periférico. O objetivo é ampliar a nossa voz através da coluna, fazendo com que esse evento de relançamento da coluna ganhe alcance, notoriedade e força em conexão com essas empreendedoras na base da pirâmide nas favelas e comunidades de Minas Gerais”, completa a presidente da Cufa Minas Gerais.

As inscrições podem ser feitas pelo link.

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