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Empresa júnior da UFMG ultrapassa 900 projetos

Atuação abrange o mercado para empresas de pequeno, médio e grande porte
Empresa júnior da UFMG ultrapassa 900 projetos
Crédito: Reprodução Site UCJ

Em 1992, um grupo de jovens estudantes da Faculdade de Ciências Econômicas (Face) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiu empreender na própria universidade e criou a empresa júnior UFMG Consultoria Júnior (UCJ). Passados quase 33 anos, a UCJ ultrapassou a marca de 900 projetos realizados no mercado para empresas de pequeno, médio e grande portes.

No ano passado, o faturamento dos jovens empreendedores foi da ordem de R$ 700 mil. O movimento das empresas juniores no Brasil conta com mais de 20 mil estudantes envolvidos, com atuação em mais de 450 universidades e 500 empresas juniores, abrangendo praticamente todos os estados do País.
A UCJ atua como consultoria para que as empresas escalem seus resultados, melhorem sua performance. Oferecemos soluções de gestão que otimizam os processos operacionais das empresas”, explica o diretor de projetos da empresa, Gabriel Gomes.

Na execução dos projetos os jovens empreendedores contam com o suporte de professores da UFMG, de todas as áreas. Têm acesso ao conhecimento da universidade em campos distintos, dependendo da característica do projeto, podendo ser na área de Administração, Engenharia, Economia, Psicologia, Comunicação Social ou até mesmo Veterinária, caso seja um cliente dessa área.

Além disso, dispõe de parcerias com algumas das principais empresas de consultoria do Brasil e do mundo: McKinsey & Company, Bain & Company, Boston Consulting Group (BCG), Peers, Merithu, OliverWyman, entre outras. “Essas empresas nos oferecem tecnologia, suporte e a validação de processos e projetos”, destaca a também diretora de projetos Nicole Dutra.

Outro fator que atrai as empresas é o custo atrativo do serviço. “As empresas também valorizam o fato de disporem de uma equipe jovem, com visões novas e muito integrada a um mundo de inteligência artificial e redes sociais”, completa Nicole Dutra.

Incubadora de talentos

Devido a esse conjunto de fatores a UCJ se tornou uma incubadora de talentos, que já prestou serviços para empresas como Cemig, Pneusola, Grupo Conservo, Prefeitura de Conceição de Mato Dentro, para citar alguns dos mais de 900 projetos.

De acordo com os empreendedores da UCJ são vários os principais problemas que encontram nas empresas. Eles destacam a falta de padrão de qualidade, processos arcaicos, que não têm organização e critérios de avaliação, tornando difícil encontrar os gargalos. “Muitas têm uma saúde financeira debilitada e não sabem por onde estão perdendo receitas e com gastos inadequados”, conta Gomes. O diretor destaca ainda as falhas de comunicação entre equipes e setores, a incerteza acerca do mercado em que atuam e a falta de pesquisas.

Já a gerente de negócios, Sofia Moreira Lara, reforça a estruturação de processos, organização de fluxos operacionais, padronização de rotinas e implementação de controles eficazes “que fortalecem a gestão, reduzem retrabalhos e elevam a eficiência organizacional”.

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