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Empresa mineira adota modelo de taxa fixa em assessoria financeira e fecha ano com R$ 1,5 bi

Os resultados positivos são oriundos de um modelo que atraiu um nicho diferente de investidores: aqueles que buscam domínio de técnica para objetivos personalizados
Empresa mineira adota modelo de taxa fixa em assessoria financeira e fecha ano com R$ 1,5 bi
A Futuro Capital é comandada pelos cinco sócios Márcio Moura, Walter Teixeira, Henrique Silva, Márcio Freire e João Orsi | Crédito: Camila Rocha

Criada em 2022 em Belo Horizonte, a Futuro Capital, empresa de assessoria financeira, já reuniu R$ 1,5 bilhão em sua carteira nos primeiros 12 meses de operação. A meta, agora, é chegar a R$ 3 bilhões ainda no primeiro semestre de 2024.

Os resultados positivos são oriundos de um modelo que atraiu um nicho diferente de investidores: aqueles que buscam domínio de técnica para objetivos personalizados. A Futuro Capital adota o modelo fiduciário (de taxa fixa), mais comum nos Estados Unidos do que no Brasil. Nos primeiros 20 meses no mercado, alcançaram R$ 1,7 bilhões na carteira.

Além de clientes diferenciados, a confiança na proposta trouxe também a conquista do 1º lugar no Ranking S20 (melhores escritórios XP com menos de 3 anos de fundação) 2023 da XP Investimentos. 

O modelo de negócio da Futuro Capital – o fiduciário -, trabalha num formato em que a assessoria age como guardião dos interesses financeiros dos seus clientes. Neste caso, a empresa não recebe comissões sobre os produtos que recomenda, mas um valor fixo pago mensalmente pelo cliente, independentemente do produto financeiro consumido. 

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Democratização da administração de investimentos

O sócio-fundador da empresa, Henrique de Barros comenta que houve um estudo profundo do mercado financeiro global e, por isso, acredita que o modelo fiduciário adotado no mercado norte-americano e no Reino Unido, “é o futuro da assessoria de investimentos no Brasil”.

“É o único modelo que garante que o assessor vai sempre agir de acordo com o interesse do cliente e é um serviço que, no Brasil, até então, só estava disponível para clientes com dezenas ou centenas de milhões de reais. O que estamos fazendo é democratizar esse modelo para pessoas com uma renda ou patrimônio menor, trazendo as melhores práticas de wealth planning em um serviço essencialmente técnico”, defende Barros. 

A opção por administrar pilares de investimentos por objetivo e por remuneração por taxa fixa permite que a empresa construa com o cliente, por exemplo, uma solução que o direcione para aposentar sem reduzir seu padrão de vida, ou seja, ter independência financeira.

Um dos sócios-gestores da empresa, Márcio Freire explica que o público-alvo são clientes que têm objetivos de curto e médio prazo, como a aquisição de um imóvel, fazer uma viagem sonhada, pagar a faculdade dos filhos, entre outros. A cada meta, uma estratégia é traçada pela Futuro Capital, que analisa os melhores investimentos para cada situação.

“Se todo brasileiro utilizasse a estratégia certa para um plano de independência financeira, teríamos uma economia total anual em torno de R$ 140 bilhões no imposto de renda. Hoje, apenas cerca de R$ 18 bilhões são economizados por ano no País, isso mostra que poucas pessoas estão usando as estratégias corretas”, comenta Freire.

Foco em objetivos específicos e individuais

Já o sócio-gestor e CEO da Futuro Capital, Márcio Moura, explica que a Futuro Capital solucionou uma dor desse mercado: perceber que, por mais que se invista, pouco se investe com o foco em realizar os objetivos específicos de cada indivíduo. 

“E pensando, por exemplo, no objetivo de independência financeira, muitas vezes ela não é alcançada puramente por escolhas erradas ao longo do processo. Isso acontece porque a desinformação opera e o modelo de remuneração por produto transforma o assessor financeiro em um verdadeiro vendedor de bíblia, distanciando ele de sua posição técnica”, conclui Moura.

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