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Empresas brasileiras gastaram em média R$ 1,3 mil por viagem corporativa em 2024

Minas foi o segundo destino mais procurado no País, com 14,6% do total; a primeira posição ficou com São Paulo, com 29,5%
Empresas brasileiras gastaram em média R$ 1,3 mil por viagem corporativa em 2024
Foto: Rosa / Agência Brasil

As empresas brasileiras desembolsaram, em média, R$ 1.298,00 por passagem aérea ou por hospedagem em viagens corporativas no ano passado, segundo o estudo “Diagnóstico das Viagens Corporativas no Brasil”. O levantamento foi realizado pela Onfly, plataforma especializada na gestão de viagens e despesas corporativas que já movimentou mais de R$ 1,5 bilhão em volume anualizado.

A pesquisa apresenta um panorama sobre destinos, comportamento e economia das empresas que viajaram a trabalho em 2024.

Entre os destinos mais procurados para as viagens a negócios estão os estados:

  • de São Paulo (29,5%),
  • Minas Gerais (14,6%),
  • Rio de Janeiro (7,3%),
  • Paraná (6,7%)
  • e Santa Catarina (4,7%).

O perfil do viajante corporativo brasileiro também foi mapeado. A idade média é de 41 anos, sendo que 62,8% estão na faixa entre 35 e 45 anos. Além disso, em média, cada colaborador realiza cinco viagens por ano, e 88% fazem até dez deslocamentos anuais.

O levantamento mostra ainda que 27,5% do quadro de funcionários de uma organização viaja para compromissos profissionais pelo menos uma vez ao ano. Contudo, em quase metade das empresas analisadas, esse número é inferior a 18%.

Quando se observa o motivo das viagens, o trabalho presencial, como reuniões, treinamentos, visitas técnicas e confraternizações, lidera com 37% das ocorrências, seguido de encontros com clientes (20,1%), motivos diversos (19,6%), eventos (9%), encontros pontuais (8,4%), férias/folgas (4,4%) e deslocamentos para questões contratuais ou administrativas (1,5%).

O levantamento também mostra que, em média, as empresas compram passagens com 29 dias de antecedência, o que contribui para a redução de custos. O estudo também compara o tíquete médio de passagens compradas com 100 dias de antecedência e com apenas 1, revelando um aumento de 347%. Isso evidencia a importância de planejamento para empresas economizarem em viagens.

Sobre os setores que mais se deslocam a trabalho, os destaques são:

  • agroindústria (17,7%),
  • automotivo (17,7%),
  • mídia e editorial (14,2%),
  • atividades jurídicas e contábeis (10,8%),
  • gestão de ativos não financeiros (9,8%),
  • construção civil (9,3%)
  • e serviços financeiros (7,4%).

O estudo trouxe ainda um comparativo entre viagens dentro do território nacional e para outros países. Em viagens nacionais, a duração costuma ser de 3,7 dias, enquanto viagens internacionais duram 6,8 dias. O tíquete médio das passagens aéreas nacionais é de R$ 1.658 e para fora do Brasil é de R$ 7.284.

Para o head de dados da Onfly, Rafael Cunha, “o panorama revela que ainda há muito espaço para as empresas otimizarem seus gastos com viagens, desde a antecipação de compra até a implementação de políticas claras e eficientes. Os dados também orientam todo o mercado B2B no desenvolvimento de produtos e serviços, garantindo uma melhor experiência de viagem tanto para o colaborador quanto para
a empresa”.

Ele ressalta que a Onfly tem investido ativamente na integração da inteligência artificial (IA) à gestão e aos processos de decisão. “Um exemplo disso são os sistemas de recomendação, que já são capazes de sugerir hospedagens e trajetos mais eficientes, respeitando políticas internas e preferências do usuário. Assim, a IA participa ativamente das decisões e alocação de recursos, amplia o potencial de economia e reforça a importância de uma gestão mais estratégica. Toda essa inteligência de negócio só é possível através de dados e análises de tendências, como o diagnóstico que estamos lançando”, destaca o executivo.

A análise apresentada no “Diagnóstico das Viagens Corporativas no Brasil” considerou mais de 2.100 empresas, número de clientes ativos da Onfly em 2024.

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