Energia solar pode ser subsidiada por meio de linhas de financiamento
Uma das pautas discutidas na COP 26 (Conferência das Partes), realizada recentemente em Glasgow (Escócia), a energia limpa tem se estabelecido no Brasil, ganhando cada vez mais espaço e mais investimentos. Uma dessas fontes renováveis, o sistema solar fotovoltaico cresceu 2.000% no País, em três anos, no uso em residências, segundo a Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena). De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil atingiu a marca de 10 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte em usinas de grande porte e em pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos.
A alternativa contribui para a economia na conta de luz e é uma importante aliada para reduzir a emissão de gases causadores do aquecimento global. Para entender melhor como funciona na prática, a coordenadora do Departamento de Energia Solar da Loja Elétrica, Rafaella Lopes, que também é engenheira de energia, explica que existem três diferentes tipos de sistemas que podem ser utilizados para gerar energia através do sol: sistema on-grid, off-grid e híbrido.
“O inversor on-grid funciona conectado à rede elétrica, a energia solar excedente é injetada na rede de distribuição que devolve em créditos de energia na conta de luz. O inversor off-grid não depende da rede, funciona com um banco de baterias, que armazenam a energia solar para ser utilizada em locais em que não há rede elétrica”, elucida Rafaella Lopes.
Já o sistema fotovoltaico híbrido reúne características dos dois acima descritos, sendo um equipamento que funciona conectado à rede da concessionária e também desconectado, com um banco de baterias. “A energia armazenada no banco de baterias pode ser usada, por exemplo, à noite em cargas prioritárias como sistemas de CFTV e iluminação externa, reduzindo o consumo de energia elétrica”, informa.
A energia solar possibilita uma economia de até 95% na conta de luz e pode ser implantada em qualquer residência, desde que haja uma área disponível no telhado para instalação dos painéis fotovoltaicos. “Ademais, é fundamental fazer uma avaliação do padrão de entrada de energia do cliente, verificar se o telhado suporta o peso da instalação dos painéis e observar o entorno da instalação para que os painéis recebam adequadamente a luz solar sem interferências”, orienta a profissional.
O valor do investimento dependerá do consumo de energia da casa ou do prédio comercial, mas existem linhas de financiamento que podem subsidiar até 100% do investimento, que inclui materiais do gerador fotovoltaico – painéis, inversores, estruturas -, projeto, instalação e homologação do sistema junto à concessionária. “Em geral, os integradores e instaladores parceiros da Loja Elétrica já possuem cadastros e convênios com bancos, financeiras, cooperativas de crédito e informam ao cliente sobre essas opções. Dessa forma, o cliente pode verificar na própria instituição bancária em que ele já possua conta a possibilidade de financiamento do sistema solar”, revela a coordenadora do Departamento de Energia Solar da Loja Elétrica.
Ouça a rádio de Minas