Escritora mineira propõe debate sobre impactos socioambientais na Pampulha

A escritora mineira Rafaela S. Polanczyk lança seu oitavo livro “O Fundo Invisível da Lagoa”, aproveitando o cartão-postal da capital mineira, a Lagoa da Pampulha, para alertar sobre a necessidade de manter o debate em relação às questões socioambientais. A obra de fantasia, que sai pela Literíssima Editora, contou com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.
A história convida o leitor a um mergulho na lagoa e nas questões envolvendo a poluição aquática. A fantasia começa com a adolescente Luana caindo na lagoa, acidentalmente, enquanto patinava pela orla. Na medida em que se afunda, ela descobre uma lagoa imunda e conhece um extraordinário ecossistema submerso, habitado por sereias desesperadas por ajuda. A situação espantosa e inesperada estimula a garota a descobrir as causas desse mistério com a ajuda de seu amigo Tomás.

Rafaela Polanczyk está desenvolvendo seu doutorado na Alemanha e explica que o problema é recorrente em grandes cidades mundiais, sendo essencial conversar sobre a situação em todos os âmbitos sociais para promover mudanças de maneira concreta.
Segundo a autora, a preservação ambiental é um hábito que deve ser cultivado a partir da infância e a temática a incentivou a abordar o assunto de forma lúdica para a população se interessar e refletir sobre a problemática. Inclusive, a preservação ambiental é um tema de alta relevância para comunidades indígenas no Brasil, principais atuantes nessa frente.
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“O livro preenche a lacuna de um material pedagógico ‘divertido’ sobre poluição aquática para estudo nas escolas. A história ainda valoriza as comunidades indígenas que lutam pelo ecossistema do qual precisam para sobreviver e a cultura delas na região, principalmente, em relação aos Encantados. Estes sempre foram popularmente difundidos como folclore, contudo, o livro propõe discutir a problemática da folclorização dessas entidades sagradas. Dessa forma, a diversidade faz parte da aventura da protagonista Luana, neta de indígena, e de Tomás para acabar com a poluição da Lagoa da Pampulha, apresentando alguns Encantados e aspectos culturais da nação Kariri”, afirma a autora.
Rafaela Polanczyk acredita que os jovens aprenderão sobre a importância ecológica da preservação de lugares como a Lagoa da Pampulha e, ainda, as nuances envolvendo os problemas ambientais. A Lagoa não é apenas um ponto turístico e bonito da capital, ela inclui todo um ecossistema e comunidades impactados pela poluição.
Rafaela S. Polanczyk tem 26 anos e também é bióloga formada pela UFMG, começando sua jornada de doutorado na Alemanha. Ela dribla sua vida de escritora e neurocientista com estudos em escrita criativa e marketing literário e já ofereceu diversas oficinas sobre o tema.
A escritora sempre foi apaixonada por mundos de fantasia. Incentivada por seus pais, avós e amigas, começou a escrever histórias quando ainda era criança. Ela publicou o primeiro livro aos 16 anos: “O Rei Perdido” que, posteriormente, virou uma trilogia (tendo com “O Império Subterrâneo”, 2° livro e, “O Cálice Mortal”, 3° livro. Outras obras da autora incluem: “O Santuário dos Ibicós”, “Explosão de Borboletas”, “A Ilha dos Demônios” e “Uivo de Gelo”. Assim como “Uivo de Gelo”, “O fundo invisível da lagoa” sai pela Literíssima Editora.
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