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ESG também deve abranger cadeia de fornecedores

O fechamento dos portos chineses levou ao desabastecimento global de diferentes produtos
ESG também deve abranger cadeia de fornecedores
Aumento do investimento na agenda sustentável permitirá sair do ambiente econômico atual mais forte do que os concorrentes | Crédito: Adobe Stock

Daquele tipo de serviço que só é notado quando dá errado, as cadeias de suprimento passaram a aparecer no vocabulário cotidiano da mídia e dos consumidores a partir da pandemia, em 2020.

O fechamento dos portos chineses levou ao desabastecimento global de diferentes produtos. Isso fez com que muita gente se atentasse à importância da logística não apenas dos produtos acabados, mas também para que eles possam ser produzidos e entregues. Em meados de 2021, a falta de papelão para embalagem impediu que muitos produtos fossem despachados ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Cadeias produtivas como a automobilística até muito recentemente ainda se ressentiam da falta de semicondutores.

Em meio a esse cenário, a discussão sobre o ESG nas cadeias de suprimento também se intensificou. Em busca de uma melhor imagem diante de consumidores e investidores, players globais vêm redefinindo processos, diminuindo custos e, assim, conseguindo melhores resultados.

De acordo com a gerente de negócios da SPS – consultoria do mercado SAP Business One -, Alêssa Ramos, a principal dificuldade do setor de suprimentos tem a ver com dados e informações.

Alta liderança tem que estar convencida, afirma Alêssa Ramos | Crédito: Alessa-Ramos / Divulgação

“Se as empresas tratam da cadeia de suprimento de forma superficial, desagradam a consumidores e investidores. As que não mudarem de atitude agora vão, naturalmente, perder espaço. Também não adianta garantirem o processo e não se comunicarem corretamente com todos os seus públicos, trabalhando com evidências de dados e fatos. É preciso investir para que os dados subsidiem um plano de ação estruturado”, explica Alêssa Ramos.

Além da melhor reputação perante o público em relação a sua conduta, as organizações que instauram uma cadeia de suprimentos sustentável também obtém benefícios como a otimização de tempo, redução de custos e processos, e a mitigação de perdas e desperdícios, gerando aumento da produtividade, engajamento e maior vantagem competitiva.

Daí a importância da utilização de ferramentas que auxiliem na jornada rumo à sustentabilidade para empresas globais e regionais.

“A responsabilidade socioambiental e a governança geram redução de custos com processos mais eficientes e até a maximização de alguns lucros com produtos e serviços percebidos pelo público como de maior valor. Entre as empresas encontramos diversos cenários, mas estão chegando mais preparadas, mas ainda assim é um longo processo de equalização. A alta liderança tem que estar convencida e se perguntar se está trabalhando a visão que projetou para a empresa ou fazendo apenas para que ela continue rodando e se tem as tecnologias certas para amparar esse processo”, completa a gerente de negócios da SPS.

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