Negócios

Estatal Invest Hong Kong visita Minas para prospectar negócios

A troca de informações sobre ambientes de investimento e o incentivo à criação ou expansão de negócios em nível bilateral foram os principais pontos abordados durante o encontro realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) nesta semana, com representantes da agência estatal Invest Hong Kong, encarregada de atrair investimentos para o país asiático.

A exploração do potencial do mercado chinês foi um dos destaques da apresentação, na avaliação do consultor do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fiemg, Alexandre Brito. As possibilidades de investimentos em Hong Kong, além dos benefícios para acesso ao mercado asiático em função principalmente da carga tributária, criaram expectativas positivas para os empresários mineiros, com a probabilidade de recursos para investimentos em infraestrutura e oportunidades comerciais que podem ser desenvolvidas em Minas Gerais.

“Hong Kong é submetida a leis próprias, com um sistema judicial diferente e, por isso, pode ser atraente para o capital estrangeiro. As possibilidades de comércio são muito interessantes e o que podemos fazer é vender mais produtos para o país, que pode ser uma porta de entrada para atingir outros mercados na região”, afirmou Brito.

Com um saldo positivo de US$ 173 milhões, Minas Gerais exportou para Hong Kong US$ 210 milhões e importou US$ 37 milhões em 2017. No Brasil, as exportações atingiram US$ 2,6 bilhões e as importações somaram US$ 578 milhões. Os destaques das exportações, tanto para o País quanto para o Estado, são produtos alimentícios, com 88% do total e, na ponta importadora, os eletroeletrônicos dominam a pauta de Minas e do Brasil, com 43% do total.

Nesse contexto, o vice-presidente da Fiemg, Teodomiro Diniz, ressaltou que a delegação do país asiático trouxe perspectivas positivas com informações sobre o volume de serviços que as empresas brasileiras podem ter em Hong Kong, além de um convite para que os empresários fortaleçam o relacionamento com o país, diante das potencialidades existentes para atender essas empresas.
“Houve incentivo para um relacionamento mais forte entre Minas Gerais e Hong Kong, inclusive com a proposta de abrir uma representação para as empresas mineiras no País por meio da Fiemg. Vamos estudar essa proposta, que é muito interessante, além de procurar desenvolver um ambiente para orientar as empresas”, explicou Diniz.

Infraestrutura – Um dos líderes mundiais no ranking de infraestrutura, Hong Kong se destaca em quesitos como número de assinaturas de telefones celulares, qualidade de fornecimento de energia elétrica e nos modos de transporte. Além dos projetos de infraestrutura, também foram apresentadas oportunidades relevantes nas concessões que envolvem as “cidades inteligentes”.
“A Fiemg tem se ocupado muito com esse tema e está formando uma equipe para auxiliar as empresas. Temos no Estado algumas parcerias público-privadas (PPPs) já bem estruturadas”, disse.
O vice-diretor geral da Invest Hong Kong, Jimmy Chiang, enfatizou a plataforma financeira e de serviços do país asiático, que serve de sede para muitas empresas multinacionais. “Estamos concentrados em projetos de infraestrutura que possam favorecer multinacionais, indústrias de serviços, turismo e engenharia. Assim como Belo Horizonte, levamos muito a sério iniciativas que fortaleçam projetos de pesquisa e desenvolvimento. Esperamos empresas brasileiras para usufruir deste complexo”, explicou.

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