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Evento apresentará novos rumos das viagens do futuro

Evento apresentará novos rumos das viagens do futuro
Alves: será preciso se adaptar | Crédito: Divulgação

Se a ficção científica e os desenhos animados previam viagens em carros voadores no século 21, essa realidade ainda não se concretizou, porém, as viagens do futuro – já se sabe – não serão mais como fazemos atualmente.

A palestra “FuTurismo, você vai viajar nos próximos 50 anos”, proferida por Bruno Alves, product manager do Hurb – maior agência de viagens on-line -, sediada no Brasil, promete desvendar os novos modelos de negócios do setor a partir dos impactos da Covid-19, do trabalho remoto, das mudanças climáticas, da transição energética, da ameaça de novas pandemias, do 5G e de todas as novidades tecnológicas que ainda estão por vir.

O tema será debatido durante o HackTown 2022, em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, no dia 17 de setembro. O evento, que acontece entre os dias 15 e 18 de setembro, reúne mais de 800 palestras, showcases e workshops. As informações para participação estão disponíveis no site hacktown.com.br.

Para o executivo, duas vertentes principais vão guiar o turismo: as experiências presenciais e o turismo virtual.

“A experiência virtual vai ser tanto melhor quanto mais ela mais se aproximar do presencial. É claro que nunca será a mesma coisa, mas ela vai se sofisticar e atender a uma determinada necessidade e às expectativas de um tipo de público. E, nesse caso, vai ter uma grande guerra para saber qual a plataforma que vai ter o maior número de pessoas. O turismo físico será definido pelo tipo de experiência que oferecer. Temos um volume de informações inimaginável e as pessoas vão poder tomar a decisão de compra a qualquer momento. Acredito na descentralização de stakeholders”, explica Alves.

O acesso às viagens do futuro é outro aspecto que faz parte das provocações do especialista. Custo do dinheiro, transição energética, instabilidades políticas ao redor do mundo e acesso à tecnologia podem impactar os preços nas das vertentes e de diferentes maneiras.

“Um problema é o custo. O virtual ainda não é para todos. O que pode ser uma pequena experiência? É entrar no Google Maps e ter a ideia de como são as ruas hoje, por exemplo. O 5G deve proporcionar coisas que realmente simulem o físico. São etapas e velocidades diferentes de alcance. Haverá um momento em que o virtual vai ser mais acessível que o presencial? Ambos sofrem com possíveis pandemias futuras e temas como o ESG. O combustível que impacta o presencial e o virtual também depende muito do uso de energia”, pontua.

Os modelos de negócios no setor de turismo devem levar em conta o trabalho remoto dos próprios colaboradores e o nomadismo digital dos seus clientes. Desenvolver roteiros personalizados vai exigir tecnologia e olhar humanizado das equipes.

“Não acredito na substituição total do trabalho humano pela tecnologia, mas o que hoje conhecemos pelo trabalho das agências e dos guias vai ser feito muito mais no campo da personalização e da curadoria. Vamos ter, certamente, uma robotização do processo. E para suprir aquilo que só o humano faz, precisamos qualificar a mão de obra. O tema falta de capacitação atravessa todos os setores. Precisamos entender que os trabalhos devem ser cada vez mais assíncronos. As empresas precisam se adaptar para chegar a esse modelo”, completa o product manager do Hurb.

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