Executivo mineiro do iFood publica livro sobre a Nova Economia

Nova Economia. Termo bastante utilizado para citar indústrias de base tecnológica com altas taxas de crescimento, consideradas pioneiras em processos de maior produtividade e importantes para o desenvolvimento econômico. Para o vice-presidente de Finanças e Estratégia do iFood, o mineiro Diego Barreto, o conceito vai além. Trata-se de uma tendência que reúne empresas tradicionais e startups em ecossistemas, permitindo uma nova fase de desenvolvimento.

“É o modelo de negócio que promove a inovação, sustentada pela gestão ágil, com hierarquia mais flexível, times diversos e compromisso com a sustentabilidade”, complementa no livro que acaba de lançar: “Nova Economia – Entenda por que o perfil empreendedor está engolindo o empresário tradicional brasileiro”.

Por meio da publicação, o executivo pretende difundir o conceito da Nova Economia e contribuir com o desenvolvimento do País e de sua terra natal: Uberaba, no Triângulo Mineiro. Barreto acredita no perfil e no potencial da região, enquanto mola propulsora do desenvolvimento nacional. 

Segundo ele, tanto startups quanto empresas tradicionais locais têm condições de “mergulhar de vez” na nova era. “Temos muitas startups da região que irão despontar nos próximos anos, e acredito que os empreendedores mineiros estão bem preparados para o novo cenário, principalmente pelo investimento em tecnologia proprietária – que cria vantagem competitiva para o modelo de negócio, produto ou serviço, contrapondo-se à “Velha Economia”, em que que se recorre à tecnologia de terceiros.

Barreto lembra ainda que a tecnologia proprietária é a chave da Nova Economia pois, sem ela, é inviável promover uma gestão do futuro. Neste sentido, ele diz que o polo tecnológico de Uberaba sai na frente. “Vejo grande possibilidade de sucesso para muitas dessas empresas e meu trabalho como mentor e embaixador visa acelerar ainda mais essa tendência”, ressalta.

Sobre a publicação, o executivo destaca o desejo de mostrar aos jovens brasileiros que existe alternativa ao modelo econômico tradicional. Para ele, o cenário econômico desfavorável impulsiona uma nova geração de empreendedores e, neste sentido, a crise imposta pela pandemia de Covid-19 tem criado oportunidades, inclusive pela alta taxa de desemprego. “Fechamos 2020 com taxa recorde e 13 milhões de desempregados, com isso, um número maior de pessoas tem buscado empreender, da forma que for possível”, avalia.

Nascido em Uberaba em 1983, Diego Barreto deixou Minas Gerais e foi morar em São Paulo, no início dos anos 2000, para cursar Direito na PUC-SP. Seu pai é empresário, fundador da Barreto Transportes, empresa que iniciou as atividades na década de 80 e até hoje é referência em transporte de cargas rodoviárias. Ou seja, o empreendedorismo e a trajetória de sucesso fazem parte do histórico familiar.

Por isso, constantemente integra projetos que visam fomentar o empreendedorismo na região. Ele destaca que já participou do Startup Weekend de Uberaba, que acontece na cidade desde 2015. O encontro – considerado o maior evento de startups do mundo – é uma iniciativa da aceleradora americana Techstars, com sede em Seattle, Washington, e organizado por voluntários locais.

“Trata-se de uma verdadeira maratona de empreendedorismo e inovação, em que os participantes são desafiados a transformar uma ideia de negócio em uma startup durante um final de semana. Tive o prazer de participar e fiquei muito satisfeito ao conferir de perto como existem talentos locais e empreendedores ‘colocando a cabeça para funcionar’ e inovando, principalmente no setor de agro e de tecnologia”.

Barreto também já apresentou palestras em universidades e no polo tecnológico de Uberaba. Além disso, há alguns anos, atua como mentor de startups da cidade, visando alavancar a economia local. “Atualmente, estou envolvido com a Trackage, uma startup de gestão de pátio e agendamento de docas que usa a tecnologia para rastreamento em tempo real, reduzindo custos, aumentando a eficiência operacional e apoiando a tomada de decisão dos gestores”, diz.