Fábrica de colágeno prevê investimentos de R$ 250 milhões até 2027
A Acquion, fábrica de produção de colágeno com planta em Poços de Caldas, no Sul de Minas, já prevê novos investimentos. Até o momento, os valores aportados, cerca de R$ 50 milhões, são fruto de capital próprio. Mas, até 2027, novos recursos estão previstos e podem bater a casa dos R$ 250 milhões. Com isso, a expectativa é de que a produção alcance 30 mil toneladas anuais nos próximos quatro anos.
Contando com alta tecnologia, em uma área de mais de 18 mil metros quadrados, a foodtech Acquion é a única 100% dedicada à produção de colágeno do País e já prevê expansão para o próximo ano. A informação é do gerente de marketing da empresa, Diego Rolim. “Estamos sondando o estado de Goiás, porque precisamos ficar próximo aos maiores rebanhos bovinos do Brasil”, explica. A previsão é de que a nova unidade fabril seja construída já em 2024.
Ele ressalta que os primeiros investimentos permitiram que a empresa alcançasse uma capacidade produtiva satisfatória – sem abrir os números. E o projeto é que com a expansão e internacionalização, a empresa alcance o processamento de 30 mil toneladas anuais até 2027. “Além da expansão interna, prevemos expandir internacionalmente. Já exportamos para o Chile, Bolívia, Estados Unidos e pretendemos alcançar a Europa em breve”, comenta Rolim. A Acquion tem como meta estar entre os líderes do mercado no Brasil em três anos e, no mundo, nos próximos cinco anos.
O gerente de marketing explica que o colágeno é um dos suplementos mais utilizados pelos brasileiros por ser uma proteína que representa até 30% da composição proteica do corpo. A Acquion é a única empresa do País a entregar colágeno com 99% de pureza e 98% de proteína, enquanto as maiores concorrentes entregam 90% de pureza e 85% de proteína. “É a produção de colágeno mais puro e com a maior concentração de proteína do mercado”, garante.
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De acordo com dados de uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais (Abiad), 59% dos lares brasileiros possuem, no mínimo, uma pessoa consumindo suplementos. Os dados são de 2020 e já registravam um aumento de 10% se comparado com a última pesquisa que foi realizada em 2015.
É nesse filão que a empresa pretende atuar. “O mercado do Brasil é um bebê se comparado ao consumo dos EUA. Então, estamos seguros dos nossos esforços e da nossa atuação no mercado, tanto interno quanto no exterior. É só o começo da nossa história neste mercado”, destaca Rolim.
Novo colágeno retarda sinais de envelhecimento
O colágeno oferecido é resultado de todo o investimento da empresa em pesquisa e inovação. De acordo com Diego Rolim, o processo de transformação envolve a hidrólise da pele bovina, seguida de uma etapa enzimática. Essa etapa é responsável por transformar uma partícula de grande porte, que não é facilmente absorvida pelo corpo, em fragmentos menores, permitindo maior absorção, beneficiando a saúde da pele, cabelos, olhos e unhas. “Nesse caso, é um colágeno mais específico para promover o setor de cosméticos, de beleza”, diz o gestor.
O produto possui uma maior quantidade de peptídeos de baixo peso molecular, o que faz com que sua dosagem seja uma das menores do mercado (2,5 gramas) e ofereça os mesmos benefícios em comparação a outros colágenos de maior concentração (aproximadamente 10 gramas), auxiliando, dessa forma, o retardamento dos sinais de envelhecimento e na elasticidade da pele, e fortalecendo cabelos e unhas.
Para chegar até o resultado, a companhia realizou um investimento considerável em pesquisa e desenvolvimento, testes e estudos que comprovaram a eficácia do produto. O lançamento aconteceu em julho na Times Square, em Nova York, nos Estados Unidos da América, e sua apresentação oficial ao público foi em agosto na Food Ingredients South America, maior feira da América Latina no setor de ingredientes realizada em São Paulo.
A empresa explica ainda que o colágeno que produzem é um dos poucos disponíveis no mercado que é totalmente neutro, não possui odor e é insípido. Características que proporcionam ao mercado, maior facilidade de incorporação nas formulações, seja em suplementos alimentares, alimentos funcionais, bebidas funcionais, barras de proteína e cosméticos ou nutricosméticos.
Entenda por que a Acquion é considerada uma foodtech
As foodtechs são startups que utilizam a tecnologia para inovar no segmento alimentício. Entretanto, a tecnologia de alimentos é um campo multidisciplinar que envolve conhecimentos das áreas de química, bioquímica, nutrição e farmácia.
A tecnologia é implementada em todos os processos, desde a produção, distribuição, vendas, até o consumo dos produtos e refere-se a um conjunto de técnicas relativas aos processos de industrialização dos produtos de origem vegetal e animal.
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