Fáciltech planeja crescimento de 26%

A crescente ‘fintechzação’ do varejo brasileiro – movimento conhecido por Fintail -, propondo que qualquer loja física ou e-commerce possa oferecer serviços bancários aos seus clientes e economizar etapas na experiência do usuário – tomou impulso durante a pandemia e tem alimentado empresas de tecnologia capazes de fornecer ferramentas que tornem as operações possíveis, rápidas e seguras.
A Fáciltech, empresa do Grupo Fácil, sediado em Belo Horizonte, está nesse mercado e está lançando duas novidades: assinatura eletrônica e o Banking as Service (BaaS). De acordo com o presidente da Fáciltech, André Rezek, a expectativa é de que a empresa cresça 26% em 2023 em relação ao ano passado. Hoje a Fáciltech possui mais de R$ 6 bilhões em ativos controlados e mais de 150 clientes em todo o território nacional.
“Nos últimos três anos houve uma euforia, inclusive de investidores, e muitas empresas surgiram neste mercado. No meio do ano passado começou uma retração porque muitas não vingaram. O mercado mudou, o dinheiro não está fácil, a taxa Selic muito alta, instabilidade política. Mas muitas fintechs ainda estão surgindo e voltamos a nossa atenção para elas, especialmente fintechs de crédito”, afirma Rezek.
As assinaturas eletrônicas garantem agilidade, escalabilidade, segurança e economia nos diversos serviços ofertados pelas instituições financeiras. A emissão de uma Cédula de Crédito Bancário (CCB) – que é um título de crédito – através de interfaces Web e Mobile utilizando a assinatura eletrônica, por exemplo, possibilita escalar as operações sem limitações geográficas. As assinaturas eletrônicas são usadas no mundo inteiro e consideradas até mesmo mais seguras que as próprias assinaturas físicas. Sem contar que elas também são seguras porque possuem validade jurídica, amparada pela Lei nº 14.063 e pela M.P. 2.200-2/2001.
Já por meio do Banking as a Service, é possível oferecer serviços financeiros de forma personalizada e eficiente, uma plataforma completa de gerenciamento bancário. Assim, os clientes podem operar como um banco e oferecer uma experiência personalizada a cada um de seus clientes sem a necessidade e os custos de ter um código próprio de compensação. Entre as entregas estão: Pix, TED, DOC, transferências, pagamento de contas, tributos, convênio, saque 24 horas e emissão de boletos.
“O grande negócio do varejo sempre foi emprestar dinheiro através do crediário, mas agora elas já podem oferecer serviços bancários completos e de uma forma direta. A ‘fintechzação’ das empresas é um processo sem volta. Elas já têm clientes e conhecem bem essa base. Já oferecem produtos e agora oferecem dinheiro também. O governo anterior fomentou esse tipo de empresa. Isso leva a ofertas mais baratas para o consumidor”, explica.
Para dar suporte ao crescimento da empresa e à criação de novas funcionalidades, o empresário tem recrutado mão de obra externa, especialmente na Argentina, Chile e Colômbia.
“Enfrentamos uma competição interna com São Paulo por mão de obra e também com o exterior. É um desafio enorme. Para competir, criamos um ótimo ambiente de trabalho e investimos em treinamento e formação continuada. Assim como sofremos para competir por uma mão de obra que está aqui, mas ganha em dólar, também buscamos praças em que a moeda local é mais fraca que o real. Chile, Argentina e Colômbia, especialmente, têm pessoas muito bem qualificadas que têm se interessado em trabalhar remotamente conosco”, destaca o presidente da Fáciltech.
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