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Faturamento do setor de franquias subiu 46% em MG

Faturamento do setor de franquias subiu 46% em MG
Crédito: Divulgação/Hering

Depois de um 2020 de resultados lastimáveis, assim como em quase todos os setores da economia, e da ducha de água fria com o recrudescimento da crise sanitária no primeiro trimestre deste ano, o franchising mineiro comemora os números finais do segundo trimestre de 2021.

Dados divulgados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) apontam um crescimento de 46% no faturamento geral das redes de franquias no período analisado em relação ao mesmo intervalo de 2020, com mais de R$ 3,1 bilhões de faturamento das empresas do setor em Minas Gerais. Já em número de unidades, o mercado mineiro expandiu 9,3%, com um total de 14.574 operações.

O Estado segue, em linhas gerais, índices bastante parecidos com os verificados nacionalmente. No Brasil, o setor de franquias apresentou recuperação no segundo trimestre deste ano, mantendo uma trajetória rumo a níveis pré-pandemia, indica a Pesquisa Trimestral de Desempenho realizada pela associação.

Segundo o estudo, feito em parceria com a empresa de pesquisas AGP, o faturamento chegou a R$ 41,140 bilhões de abril a junho deste ano. A variação foi de -35,7% de 2019 para 2020 e de +48,4% para 2021. A receita do franchising mostra, portanto, recuperação significativa no trimestre pesquisado, quando comparado ao ápice dos efeitos da pandemia, em 2020.

De acordo com a diretora regional da ABF Minas, Danyelle Van Straten, os resultados das franquias mineiras merecem ser comemorados pelo tamanho e pela consistência.

“Minas apresentou um resultado muito próximo da média brasileira, nos aproximando do que fazíamos em 2019, o que é muito bom. Aprendemos muito nos últimos dois anos. As redes estão mais fortes, o franqueado percebeu que precisa ir além da sua unidade. Aprendemos o quanto é ruim estarmos sozinhos. O grande valor do franchising é a inteligência coletiva e nesse momento de tantas incertezas as pessoas querem investir em um modelo mais seguro como o nosso”, explica Danyelle Van Straten.

Danyelle Van Straten: aprendemos com a pandemia | Crédito: Divulgação/ABF

A pesquisa da ABF aponta alguns segmentos que se destacaram em Minas Gerais no trimestre analisado frente a igual período de 2020. Os mais impactados pela pandemia, Entretenimento e Lazer, e Hotelaria e Turismo começaram sua recuperação nos meses pesquisados, com variações positivas superiores a 900% e 400%, respectivamente.

É importante ressaltar, porém, que esse resultado foi alcançado em relação a uma base muito deprimida no segundo trimestre de 2020, no auge das medidas de restrição de circulação. O mesmo aconteceu com o segmento de Moda, com crescimento de 160,3%.

“Impactado pelo fechamento das atividades não essenciais, o setor pouco afeito a modelos de venda eletrônicos e entrega em domicílio demorou mais a reagir do que outros como o de alimentação, em que o delivery já era uma realidade. Assim, os resultados de 2020 foram muito ruins, fazendo com que qualquer reação vinda da reabertura das lojas gerasse números muito altos”, pontua a executiva.

Já Limpeza e Conservação, com 85,9% de variação positiva, merece destaque porque evoluiu não porque teve um resultado muito ruim durante a pandemia, mas porque foi impulsionado pelos novos protocolos de higiene tanto em ambientes residenciais como corporativos.

Em relação aos empregos, de acordo com a pesquisa, o franchising mineiro gerou mais de 111 mil vagas diretas nos meses de abril, maio e junho, o que representa um aumento de 1,5 % frente ao mesmo período de 2020.

“Um ponto importante na avaliação desses resultados é a força do interior. Estamos vendo um movimento grande de pessoas que, com o home office, estão voltando para suas cidades de origem e querem levar com elas os produtos e serviços que acessam na Capital. Um interior forte e diverso como o mineiro oferece grandes oportunidades para quem quer ter o próprio negócio”, completa a diretora regional da ABF Minas.

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