Mineiridade: FCJ Venture Builder elabora soluções com inovação

“Completar 10 anos de mercado e atingir um certo grau de maturidade, é como uma pessoa que chega aos 21. Para a empresa, esse foi um tempo de amadurecimento. Agora alcançamos outros desafios e vislumbramos novas oportunidades”, reflete o CEO da FCJ Venture Builder, Paulo Sérgio Justino, sobre a trajetória da maior venture builder da América Latina, fundada por ele em Belo Horizonte.
Um caso de sucesso de Minas Gerais para o mundo, a FCJ tem como marca a escolha da Capital como sua sede, de onde irradia atuação global e presença física em praças escolhidas no cenário de inovação global – Estados Unidos, México, Finlândia e Portugal. Tudo isso a traz para a edição de hoje da série Mineiridade.
Como uma venture builder ou “fábrica de startups”, a FCJ desenvolve novos negócios inovadores e não trabalha como aceleradora nem fundo de venture capital. Assim, o modelo compartilha recursos como infraestrutura, apoio de marketing, jurídico, contábil, entre outros. O modelo 4.0 licenciado pela FCJ incorpora a cultura de Open Innovation (inovação aberta), e, em vez de criar suas próprias startups, busca soluções no mercado para trabalhar lado a lado com os empreendedores no desenvolvimento dessas ideias.
A construção da credibilidade antes de uma divulgação ampla da marca foi o caminho escolhido pelo empresário. Segundo ele, até 2018 a FCJ era praticamente desconhecida pelo mercado, porém já tinha conquistado credibilidade entre seus pares e estava pronta para uma comunicação mais agressiva. Naquela época ele não poderia imaginar que, pouco tempo depois, uma pandemia mudaria radicalmente o modo de viver e de fazer negócios em todo o mundo e que isso abriria uma enorme janela de oportunidades logo à frente.
“Até 2018 éramos desconhecidos, estávamos criando uma história para depois expor a marca. Quando o mercado percebe a seriedade isso vale muito. Investimos significativamente na automação dos processos para que a operação, hoje, tivesse baixo custo. Somos uma empresa que trabalha sempre com endividamento zero e foco em gastos e resultados. Focamos em criar um ecossistema que era brasileiro e agora no ecossistema global, com presença na Europa, EUA e América Latina”, explica Justino.
Criar um ambiente em que as pessoas se sentem pertencentes é outro ponto fundamental na estratégia da FCJ, que cresceu 100% nos últimos dois anos pela necessidade de modernização dos negócios em todo o mundo. No Brasil, a venture tem presença física em São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru (SP), Uberaba (FCJ Triângulo), além de Belo Horizonte. Hoje a companhia vai pouco ao mercado em busca de profissionais qualificados. E já são mais de 170 startups no portfólio.
“Agora nós atraímos as melhores pessoas e seguimos investindo em capacitação interna. Temos operação em vários lugares, mas em BH encontramos um ecossistema acolhedor. Mudar não está nos nossos planos, vamos ficar aqui e ter presença local onde for importante. Queremos ajudar a colocar Belo Horizonte no mapa mundial”, afirma.
Parte desse plano é a realização do “Corporate Venture Summit” na capital mineira em 30 junho de 2023, em parceria com o Órbi Conecta, principal hub de inovação e empreendedorismo digital em Minas.
No início de dezembro, a FCJ promoveu a terceira edição do Corporate Venture Summit, em São Paulo. Com mais de 50 palestrantes nacionais e internacionais e 1.100 participantes de alto nível, entre executivos, empreendedores, heads de corporações, líderes de fundos e investidores, o evento se tornou o maior no segmento de inovação corporativa do País.
De acordo com o estudo “Ecossistema Minas Gerais”, publicado pela Liga Ventures, o Estado é o segundo em maior número de empresas de tecnologia e informação e berço do segundo maior ecossistema de startups do País, com cerca de mil startups mapeadas em 2020, e abriga uma das maiores comunidades de startups do Brasil, o San Pedro Valley.
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Apenas em 2021 os investimentos em branding passaram a ser significativos. “Tenho a preocupação que o mercado tem que nos perceber sérios. No caso da pandemia, tirando o impacto social muito grande, para quem trabalha com transformação digital em grandes empresas, foi bom. Como já temos um nome respeitado, tivemos excelentes resultados”.
Para participar da rede, seja como startup, investidor ou mentor, os interessados podem acompanhar a programação pelo site ou as redes sociais da FCJ. Os canais de interação estão permanentemente abertos.
“Estamos muito presentes nas redes sociais e quem quiser pode nos chamar por qualquer uma delas. Queremos que essa rede cresça, juntando empreendedores, mentores, startups e quem mais for apaixonado por inovação. Temos várias abordagens. A vida do empreendedor é muito solitária, em um ecossistema ele não está sozinho, isso muda muito o resultado dos negócios”, completa o fundador da FCJ.
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