FDC distribuiu 547 bolsas de estudo em 2023

A concessão de bolsas de estudo é tradicional dentro da Fundação Dom Cabral (FDC) e vem crescendo nos últimos anos. A iniciativa, liderada pelo Centro Social Cardeal Dom Serafim – braço do pilar de Educação Social da Fundação -, garante bolsas de até 100% para os Programas da FDC de pós-graduação (Especialização, Mestrado e MBA) e outros de curta e média duração, além de cursos técnicos e graduações em instituições parceiras.

Em 2023, foram concedidas 547 bolsas de estudos em escolas parceiras e em programas próprios da FDC, 10% a mais do que em 2022.
De acordo com a líder do Programa de Bolsas da FDC, Fabíola Carla, a distribuição de bolsas de estudo é uma tradição da instituição.
“Como uma escola de negócios, temos um público ‘convencional’ formado por empresários e gestores de alto nível dentro das companhias. Essa imagem pode dar a falsa impressão de que a FDC não se dedica a outros públicos. Historicamente, porém, a Fundação sempre distribuiu bolsas de estudos para a graduação por meio da parceria com a Fundação José Fernandes de Araújo. Em 2020, a FDC incorporou a José Fernandes e passamos a conceder outros tipos de bolsas. Esse é o nosso pilar da Educação Social”, explica Fabíola Carla.
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Para a gestora, as bolsas de estudo são uma oportunidade de colocar lado a lado pessoas que dificilmente teriam oportunidade de conviverem, aumentando o repertório de soluções para os dois lados.
“Se, de um lado, os nossos clientes-bolsistas ganham a oportunidade de acessar uma educação de qualidade e conviver com alunos que trafegam em outros estratos sociais, os alunos ‘convencionais’ também desfrutam de uma oportunidade de aprender com outras realidades e soluções. Ao promover a diversidade, oferecemos um intercâmbio de saberes frutífero para todos os lados. Criamos a oportunidade de sensibilizar esse público que detém o poder para potencialidades dos grupos minorizados que eles desconhecem”, destaca.
Dentro dos cursos oferecidos pela própria FDC, são 52 bolsas em programas de curta e média duração, cursos de pós-graduação, MPA (Mestrado Profissional em Administração) e Executive MBA. Destes bolsistas, 94% se autodeclaram negros (pretos e pardos) e 96% mulheres. Também há duas pessoas com deficiência. No primeiro curso de graduação em Administração de Empresas da escola de negócios, estão mais três bolsistas, sendo duas mulheres.
Entre os 52 bolsistas da FDC deste primeiro semestre, estão as 31 mulheres negras participantes do Pacto Transforma, parceria entre a Associação Pacto de Promoção da Equidade Racial e a B3, a bolsa do Brasil, para promover e fortalecer a qualificação e inserção das mulheres negras em posição de liderança nas empresas brasileiras. A Fundação Dom Cabral está ministrando a elas o curso Liderança Transformadora: Jornada de Desenvolvimento para Mulheres Negras.
“Além da gratuidade das mensalidades, procuramos ajudar os bolsistas para que eles se mantenham nos cursos, com ajuda de custo para alimentação e transporte por exemplo. Buscamos parceiros para promover condições de segurança e o mínimo de conforto. Temos que pensar que uma pessoa que vai gastar duas horas no transporte público, depois de um dia de trabalho, para chegar ao curso, dificilmente vai ter condições de se concentrar na aula. Para alunos da graduação, por exemplo, oferecemos o curso de inglês. Precisamos buscar a equidade de condições para que a turma se desenvolva sem deixar ninguém para trás”, alerta a líder do Programa de Bolsas da FDC.
Semestralmente, a Educação Social da FDC realiza o processo seletivo para o programa de bolsas que pode ser acompanhado no site. A seleção do programa prioriza negros, mulheres, grupo LGBTQIA+ e pessoas com deficiência.
Participante do Movimento Minas 2032 – pela transformação global (MM2032), com a distribuição de bolsas de estudo, a FDC prioriza, pelo menos, três Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU):
- ODS 4: Educação de qualidade: Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos.
- ODS 10: Redução das desigualdades: Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles.
- ODS 17: Parcerias e meios de implementação: Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.
O Movimento Minas 2032, liderado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, propõe uma discussão sobre um modelo de produção duradouro e inclusivo, capaz de ser sustentável, e o estabelecimento de um padrão de consumo igualmente responsável, com base nos ODS.
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