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FDC amplia ações de educação social e, só em 2023, impactou 22,5 mil pessoas

Investimentos da fundação em ações sociais contam com parceiros públicos e privado
FDC amplia ações de educação social e, só em 2023, impactou 22,5 mil pessoas
Trabalhamos com uma meta de crescimento de 11% para o ano de 2024, revela Ana Almeida | Crédito: Divulgação/FDC

Com o objetivo de promover a inclusão e atuar de forma integrada com as dimensões executivas e acadêmicas, a Fundação Dom Cabral (FDC), sediada em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), presta um serviço de educação social que, só no ano passado, atingiu 22.524 pessoas. São ações que beneficiam empreendedores populares, jovens, gestores de organizações da sociedade civil e bolsistas de todas as idades e classes sociais.

A área de Educação Social foi estruturada na instituição em 2020 para organizar e escalar não só as ações que já existiam, como para fomentar as que estavam por surgir e estão surgindo. “O que a gente sentiu foi uma necessidade de diversificação e alinhamento com o País, que é extremamente desigual, com uma pobreza consistente. E como nossa missão é o desenvolvimento sustentável da sociedade, a gente entendeu que precisava atuar não só nas classes mais altas, porque elas também não podem ser indiferentes a essa situação do Brasil, mas diretamente nas classes mais baixas da pirâmide social”, explica a vice-presidente de Educação Social da FDC, Ana Carolina Santos de Almeida.

De acordo com a executiva, a decisão estratégica visa atuar de forma relevante na sociedade, uma vez que o desenvolvimento das pessoas é uma das missões da instituição. De 2022 a 2023, houve aumento em todos os públicos: foram capacitados seis vezes mais jovens, três vezes mais empreendedores e houve um crescimento de 80% no campo das organizações da sociedade civil atendidas, além do aumento de 12% nas bolsas concedidas.

Investimentos contam com parceiros públicos e privados

A vice-presidente da área social da FDC ressalta ainda que a Fundação investe de várias formas na educação social com infraestrutura, pessoal e orçamento próprio, agindo como fomentadora do ecossistema. 

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São utilizados também recursos provenientes de Leis de Incentivo, no caso de programas voltados para jovens e organizações sociais, e parcerias com investidores, sendo eles pessoas físicas e/ou órgãos públicos e empresas privadas no intuito de ampliar a atuação. “Dessa forma, trabalhamos com uma meta de crescimento de 11% para o ano de 2024”, revela Ana Carolina Santos de Almeida.

Organizações que atendem idosos são foco em 2024

Uma novidade anunciada pela vice-presidente para este ano é o início de um projeto específico dentro do Basis, programa de capacitação a gestores de organizações sociais de pequeno porte e lideranças sociais, que contribuirá com quem lida com a causa da pessoa idosa de Belo Horizonte.

“Estão em andamento cinco turmas de forma que estamos usando nosso conhecimento em gestão para aprimorar a perenidade, sustentabilidade e captação de recursos destas instituições”, diz.

Uma frente de grande atuação, em 2023, foi com pessoas refugiadas, em que a FDC capacitou 13 organizações de proteção a pessoas refugiadas e seus gestores. Essa iniciativa atingiu organizações de todo o País e filiais em Angola, Polônia, Portugal e Uruguai. Em parceria com a ONU, todo o conteúdo da plataforma básica de empreendedorismo do Pra>Frente Play foi traduzido para o espanhol e foi criado um ambiente customizado para capacitar refugiados com educação empreendedora.

Empreendedores populares foram os mais beneficiados

O trabalho com os empreendedores populares foi justamente o que mais atingiu pessoas no ano passado, cerca de 21 mil. Foram ações do Movimento Pra>Frente, a divulgação da plataforma de streaming o Pra>Frente Play, a parceria com a Escola de Negócios da Favela e a inauguração de hubs presenciais do Espaço Empreendedor em todo o território nacional.

O Espaço Empreendedor foi implantado em quatro territórios distintos no segundo semestre de 2023: Instituto Macunaíma (Barreiro, Belo Horizonte), Sesc Venda Nova (Belo Horizonte), Instituição Papoom (Curitiba / Paraná) e Neduc – Núcleo de Educação Comunitária de Coroadinho (Coroadinho / Maranhão). “Sempre com parceiros locais, os pontos contam com um educador social, indicado pela comunidade e capacitado pela Fundação Dom Cabral”, explica Ana Carolina Santos de Almeida. E a previsão é de que 12 hubs presenciais de empreendedorismo popular sejam lançados até 2026, por todo o País.

Mais de 660 jovens foram atendidos nos programas da FDC

Já com os jovens, em 2023, a Educação Social da FDC atendeu 608 deles, entre 15 a 19 anos, em 14 turmas do programa Raízes. O programa tem como foco um convite ao exercício do pensar e oferece a construção de conhecimentos humanistas complementares ao ensino tradicional, como filosofia, relacionamentos e sustentabilidade.

Um programa em destaque foi a parceria com a Gerdau e a MRV, que deu início ao B-EPIC (Brazil Enterprise Productivity & Inclusion Club), programa de crescimento rentável com a inclusão produtiva de jovens aprendizes, atuando contra o desemprego nessa faixa etária. Para 2024, após o piloto, a ideia é que a rede de empresas participantes amplie a atuação pelo Brasil.

Bolsa de estudo é ação mais tradicional na FDC

Como forte componente para ampliar o acesso à educação, reduzir desigualdades e criar oportunidades, o Programa de Bolsas de Estudos da FDC chegou a quebrar recordes em 2023. Foram concedidas 547 bolsas de estudos em cursos de graduação e ensino técnico em escolas parceiras e em programas próprios da FDC, em recorde da instituição. Em 2022, foram concedidas 492 bolsas.

Das 89 bolsas destinadas aos programas de Educação Executiva e Acadêmica em 2023, 90% foram dedicadas a pessoas negras e 82% para mulheres.

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