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Prestes a fechar 15 lojas em BH, Supernosso tem promoções e tumulto

Carrinhos cheios, filas extensas, produtos espalhados e prateleiras vazias marcam presença na reta final das 15 unidades que vão fechar neste sábado em BH
Prestes a fechar 15 lojas em BH, Supernosso tem promoções e tumulto
Fotos registrada por consumidores mostra produtos espalhados pelo chão dos corredores | Crédito: Beatriz Mendes

Enquanto clientes buscam por promoções nos últimos dias que antecedem o fechamento de 15 unidades do Supernosso em Belo Horizonte, o cenário encontrado nos supermercados tem sido de tumulto, produtos espalhados, filas extensas e carrinhos cheios.

As lojas que, até então, funcionavam em parceria com o grupo Carrefour, vão fechar neste sábado (8). No fim de semana, portanto, todas essas operações estarão de portas fechadas para o público devido à fase de transição de ativos para o grupo DMA, proprietária dos galpões onde funcionam os supermercados.

Por isso, o prazo para encerrar as atividades vai até esta sexta-feira (7), o que motiva a corrida dos consumidores por itens com preços promocionais na queima dos estoques.

Foto: Diário do Comércio/Ana Carolina Dias

Na unidade do Supernosso no bairro Floresta, região Leste da Capital, por exemplo, a embalagem de pão de forma tradicional da marca Bauducco, antes vendida ao preço de R$ 7,25, foi encontrada por R$ 2,49 nessa quarta-feira (5). Já o pacote de 1kg do feijão Pachá Jalo, por exemplo, tem sido vendido na loja a R$ 6,99, enquanto no e-commerce da marca, o mesmo produto sai pelo dobro do preço.

Desde as primeiras horas da manhã, os clientes têm ido às unidades com a expectativa de garimpar produtos em promoções-relâmpago. Em algumas unidades, as gôndolas já nem recebem mais produtos pelos repositores, apresentando prateleiras cada vez mais vazias.

Unidade Supernosso da avenida Pedro II | Foto Diário do Comércio / Mara Bianchetti
Unidade Supernosso da avenida Pedro II | Crédito: Diário do Comércio / Mara Bianchetti

Encerramento das operações deixa funcionários apreensivos

Por um lado, há a satisfação dos consumidores em levar produtos mais baratos para a casa. Por outro, o clima é de incerteza e satisfação. É que alguns funcionários das lojas prestes a fechar temem pelo desemprego, já que não há garantia de que o retorno da DMA Distribuidora, empresa que opera as marcas Epa Premium e Mineirão, possa absorver todos os trabalhadores em exercício.

No início dessa semana, houve até o protesto de colaboradores em frente à operação do Carrefour, na região da Pampulha. Eles cobravam benefícios e questionavam condições a serem adotadas diante do fechamentos das lojas em parceria com o Supernosso.

Diante desse cenário, o Diário do Comércio procurou o Supernosso para entender como ficará a situação dos colaboradores. A empresa alega que “os colaboradores das 15 lojas que fazem parte do acordo de parceria com o Carrefour não integram o quadro de funcionários da empresa”.

Segundo o Supernosso, todos os funcionários são contratados pelo próprio Carrefour e, por isso, “o grupo não tem conhecimento sobre nenhuma demanda relativa aos funcionários com o contratante”, pontuou.

Já o Grupo Carrefour informou que não há demissões previstas na transição. Veja a nota completa:

As lojas, que já não operavam sob bandeiras do Grupo Carrefour Brasil desde 2020, estão passando por uma mudança de administração e não há demissões previstas neste processo.

Durante as negociações com a rede DMA para entrega das lojas, nos preocupamos em negociar a manutenção dos empregos junto ao novo empregador, que fica responsável por toda a gestão das lojas e das pessoas a partir da transferência.

Minas Gerais continua sendo uma praça importante para o Grupo Carrefour Brasil, que continuará presente no Estado com lojas de diversos formatos: Carrefour, Atacadão e Sam’s Club“.

A DMA Distribuidora também foi procurada pela reportagem para se posicionar sobre a situação, mas ainda não deu uma resposta.

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