Prestes a fechar 15 lojas em BH, Supernosso tem promoções e tumulto

Enquanto clientes buscam por promoções nos últimos dias que antecedem o fechamento de 15 unidades do Supernosso em Belo Horizonte, o cenário encontrado nos supermercados tem sido de tumulto, produtos espalhados, filas extensas e carrinhos cheios.
As lojas que, até então, funcionavam em parceria com o grupo Carrefour, vão fechar neste sábado (8). No fim de semana, portanto, todas essas operações estarão de portas fechadas para o público devido à fase de transição de ativos para o grupo DMA, proprietária dos galpões onde funcionam os supermercados.
Por isso, o prazo para encerrar as atividades vai até esta sexta-feira (7), o que motiva a corrida dos consumidores por itens com preços promocionais na queima dos estoques.

Na unidade do Supernosso no bairro Floresta, região Leste da Capital, por exemplo, a embalagem de pão de forma tradicional da marca Bauducco, antes vendida ao preço de R$ 7,25, foi encontrada por R$ 2,49 nessa quarta-feira (5). Já o pacote de 1kg do feijão Pachá Jalo, por exemplo, tem sido vendido na loja a R$ 6,99, enquanto no e-commerce da marca, o mesmo produto sai pelo dobro do preço.
Desde as primeiras horas da manhã, os clientes têm ido às unidades com a expectativa de garimpar produtos em promoções-relâmpago. Em algumas unidades, as gôndolas já nem recebem mais produtos pelos repositores, apresentando prateleiras cada vez mais vazias.


Encerramento das operações deixa funcionários apreensivos
Por um lado, há a satisfação dos consumidores em levar produtos mais baratos para a casa. Por outro, o clima é de incerteza e satisfação. É que alguns funcionários das lojas prestes a fechar temem pelo desemprego, já que não há garantia de que o retorno da DMA Distribuidora, empresa que opera as marcas Epa Premium e Mineirão, possa absorver todos os trabalhadores em exercício.
No início dessa semana, houve até o protesto de colaboradores em frente à operação do Carrefour, na região da Pampulha. Eles cobravam benefícios e questionavam condições a serem adotadas diante do fechamentos das lojas em parceria com o Supernosso.
Diante desse cenário, o Diário do Comércio procurou o Supernosso para entender como ficará a situação dos colaboradores. A empresa alega que “os colaboradores das 15 lojas que fazem parte do acordo de parceria com o Carrefour não integram o quadro de funcionários da empresa”.
Segundo o Supernosso, todos os funcionários são contratados pelo próprio Carrefour e, por isso, “o grupo não tem conhecimento sobre nenhuma demanda relativa aos funcionários com o contratante”, pontuou.
Já o Grupo Carrefour informou que não há demissões previstas na transição. Veja a nota completa:
“As lojas, que já não operavam sob bandeiras do Grupo Carrefour Brasil desde 2020, estão passando por uma mudança de administração e não há demissões previstas neste processo.
Durante as negociações com a rede DMA para entrega das lojas, nos preocupamos em negociar a manutenção dos empregos junto ao novo empregador, que fica responsável por toda a gestão das lojas e das pessoas a partir da transferência.
Minas Gerais continua sendo uma praça importante para o Grupo Carrefour Brasil, que continuará presente no Estado com lojas de diversos formatos: Carrefour, Atacadão e Sam’s Club“.
A DMA Distribuidora também foi procurada pela reportagem para se posicionar sobre a situação, mas ainda não deu uma resposta.
Ouça a rádio de Minas