Feira de pedras preciosas de Teófilo Otoni é adiada para novembro

Considerada a capital mundial das pedras preciosas, Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, também foi obrigada a adiar o seu mais importante evento econômico por causa da pandemia. Tradicionalmente realizada em agosto, a Feira Internacional de Pedras Preciosas (FIPP) já tem nova data: acontecerá entre 10 e 14 de novembro, no Expominas IV.
A FIPP, que no ano passado reuniu cerca de 11 mil pessoas, terá, dessa vez, uma dinâmica diferente. Segundo o presidente da Câmara de Gemas do Sindicato das Indústrias de Joalheria, Ourivesaria, Lapidação de Pedras Preciosas e Relojoaria de Minas Gerais (Sindijoias), Murilo Graciano, além da versão presencial haverá uma vitrine virtual onde os compradores poderão conhecer os produtos e entrar em contato com os fornecedores.
“Será uma vitrine virtual e não um marketplace. Vamos fomentar o comércio B2B, o comprador vai entrar ter os contatos para procurar direto o fornecedor”, explica Graciano.
Já na sua 30ª edição, a FIPP é um evento que recebe compradores do mundo inteiro e lota a rede hoteleira de Teófilo Otoni e outras cidades vizinhas a ponto de não haverem mais vagas cinco meses antes. É, também, uma grande oportunidade para os pequenos produtores do Vale do Mucuri e também outras regiões produtoras de Minas, como Ouro Preto, Curvelo e Corinto (na região Central).
“O nosso cenário foi muito atingido pela pandemia. Muitas empresas do setor têm as principais negociações em eventos, nas feiras. Fomos atingidos em cheio com o cancelamento de todas as agendas pelo mundo. A FIPP foi adiada duas vezes, mas ela se mantém e a gente espera poder fazê-la na data marcada. Será uma das poucas no Brasil este ano. Ela é superimportante e já ultrapassou fronteira, com muitos clientes internacionais”, afirma.
Produtos – A feira – organizada pela Associação dos Comerciantes e Exportadores de Gemas e Joias do Brasil (GEA), e pela prefeitura do município – reúne expositores de todas as qualidades de gemas produzidas no País – tanto brutas como lapidadas – e também espécimes de coleção, além de artesanato e bijuterias em pedras.
Entre os produtos em exposição e para comercialização, destacam-se berilos, águas-marinhas, citrinos, rutílios, topázios, esmeraldas, crisoberilo, turmalina, quartzos, espodumênios, opalas, calcitas, entre outras, além de espécies para colecionadores, joias, artesanato mineral, máquinas, equipamentos, serviços e órgãos oficiais. A expectativa é a montagem de 50 estandes vips e 170 coletivos.
“Estamos levando para esse evento empresas de bijuterias, que usam produtos sintéticos importados. Esses produtos só têm o valor físico. Existem diversas pedras naturais com valor atrativo para o produto bijuteria. Queremos mostrar que é possível agregar valor às pelas sem aumentar o custo e valorizando um produto que é nosso, que conta a nossa história”, destaca o presidente da Câmara de Gemas do Sindijoias.
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