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Feira Nacional de Artesanato prevê público de até 150 mil pessoas em BH

Quase 100% dos 900 estandes colocados à venda já estão ocupados
Feira Nacional de Artesanato prevê público de até 150 mil pessoas em BH
A 33ª Feira Nacional de Artesanato será no Expominas, na região Oeste da Capital, entre os dias 6 e 11 de dezembro | Crédito: Divulgação

Prevista para ocorrer na primeira quinzena de dezembro, a 33ª Feira Nacional de Artesanato (FNA) promete movimentar não apenas o calendário cultural de Belo Horizonte, mas também os negócios de centenas de artesãos, que já garantiram seus lugares nesta que é um dos mais tradicionais eventos do setor. Quase 100% dos 900 estandes colocados à venda já estão ocupados mesmo estando a dois meses da realização.

Tamanho sucesso se deve pela tradição que a Feira já representa no calendário belo-horizontino e também pela trégua da pandemia de Covid-19. A organizadora da FNA Tânia Machado explica que, em 2020, a Feira foi o único evento presencial realizado no Brasil e recebeu um público de 30 mil pessoas, enquanto nos anos anteriores recebia por baixo, 150 mil pessoas. 

No ano passado, como ainda havia restrições em proteção ao coronavírus, o público girou em torno de 80 mil pessoas. Já para este exercício a expectativa é que entre 130 mil e 150 mil pessoas passem pelo Expominas, na região Oeste da Capital, entre os dias 6 e 11 de dezembro.

“Estão todos animados. A meses do evento, restam pouquíssimos estandes para vender. Além das exposições, também teremos oficinas participativas e demonstrativas, espaço criança e praça de alimentação. E como este ano a feira vai cair durante a Copa do Mundo, também teremos TVs espalhadas pelo pavilhão e telões para que as pessoas que estejam na feira possam assistir aos jogos”, afirma. Haverá jogos na terça-feira (6/12), na sexta-feira (9/12) e no sábado (10/12).

Serão artesãos de todos os estados brasileiros, mais de 30 etnias indígenas com a apresentação de seus produtos, oficinas artesanais gratuitas, shows de cancioneiro e bandas de Belo Horizonte, além do Butiquim, na área externa do Expominas, onde diariamente acontecem pequenos shows com músicos locais.

Realizada há 33 anos em Belo Horizonte, pelo Instituto Centro Cape, neste ano a Feira Nacional de Artesanato virá com o tema Revolução Industrial. Conforme Tânia Machado, haverá atenção especial aos anos de 1800, quando da Revolução Industrial, que foi a transformação do artesão em empregado dos senhores feudais, o que levou ao primeiro movimento cooperativista de união dos artesãos, para mudar o sistema de trabalho dos galpões dos senhores feudais onde eles eram empregados, para fornecedores em forma organizadas a estes senhores.

“Vamos contar a história do homem através de suas ferramentas em uma área de 2.400 metros quadrados. Começando com 6000 AC, com a pedra lascada e terminando em 2022, demonstrando como o fazer artesanal ainda é importante para a preparação dos protótipos de carros, motores, móveis, até foguetes. A exposição também vai demonstrar como até os dias de hoje, alguns ofícios tais como cestaria, cerâmica, tecelagem, funilaria, marcenaria, couro, somente para citar alguns, ainda são usuais aos artesãos de hoje”, revela.

Para visitar a Feira, é preciso a retirada de ingressos pela plataforma Sympla. Vale dizer que em menos de uma semana mais de 2 mil entradas foram retiradas.

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