Fiemg promove workshop que visa integrar os ODS na estratégia empresarial

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, em setembro de 2015, composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030. Para as empresas, os ODS representam um grande desafio e uma excelente oportunidade de alavancar negócios.
Para ajudar os empresários pouco familiarizados com o tema, foi criado o Guia dos ODS para as Empresas (SDG Compass, em inglês), pensado e organizado para orientar o setor privado nesse novo cenário. O documento promove o entendimento sobre o processo de construção e definição dos ODS, recomenda o alinhamento das metas internas já estabelecidas pelas empresas aos ODS e trata do mapeamento do impacto dos ODS ao longo da cadeia de valor como parte de um passo a passo a ser seguido para que os ODS sejam internalizados na estratégia dos negócios.
Os empresários mineiros têm, agora, uma oportunidade a mais para entrar definitivamente no mundo dos negócios sustentáveis. No dia 8 de outubro, próxima terça-feira, será realizado o workshop “SDG Compass: 5 passos para integrar os ODS na estratégia empresarial”. O evento, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) em parceria com a Rede Brasil do Pacto Global, é gratuito e direcionado para indústrias.
De acordo com a gerente de Responsabilidade Social Empresarial da Fiemg, Luciene Araújo, empresas de qualquer setor e porte podem ter os ODS dentro da sua estratégia de negócios. Cada uma pode escolher quais diretrizes fazem mais sentido dentro do seu escopo e atuar em cima disso. Na Agenda 2030 estão previstas ações mundiais nas áreas de erradicação da pobreza, segurança alimentar, agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, redução das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura, industrialização, entre outros.
“Temos visto mais empresas conscientes, mas esse é um longo processo. Essa é uma discussão que pode passar para o nível estrutural. O SDG é uma ferramenta para envolver toda a empresa, uma metodologia para repensar o negócio com a visão da sustentabilidade. Grandes empresas estão tentando levar suas cadeias produtivas também. Nessa edição temos, por exemplo, a AngloGold, que está trazendo alguns de seus fornecedores para o workshop”, explica Luciene Araújo.
Para a gestora, as empresas brasileiras se encontram em um dos três estágios: as que já são conscientes e conseguem distribuir os valores da sustentabilidade entre os stakeholders; as que estão na fase da exigência, que ainda são levadas pela exigência do mercado e as que estão na fase do constrangimento.
“O ponto fundamental para ter uma empresa sustentável é vontade. Tem que envolver a alta administração e com essa liderança forte organizar um comitê para repensar a operação com esse conceito. Tem que começar sem se importar com o passado. Ela pode ir fazendo aos poucos e vai chegar num momento em que cultura de sustentabilidade e isso passa a fazer parte do dia a dia”, pontua a gerente Responsabilidade Social Empresarial da Fiemg. As inscrições podem ser feitas no site da Federação: www.fiemg.com.br.
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