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Fivel promete impulsionar em 12% faturamento do Vale da Eletrônica

Evento bianual se firma como indutor de crescimento em Santa Rita do Sapucaí
Fivel promete impulsionar em 12% faturamento do Vale da Eletrônica
O evento deve contar com soluções voltadas para demandas da indústria 4.0, que abrangem IA e automação | Foto: Diário do Comércio/Leonardo Morais

A 17ª edição da Fivel promete alavancar em 12% o faturamento do Vale da Eletrônica, em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais. O evento é um dos principais indutores da indústria do parque tecnológico local, que em 2024 movimentou R$ 3,2 bilhões, e projeta chegar R$ 3,5 bilhões no próximo ano.

Entre 22 e 24 de outubro, a Fivel espera atrair 7 mil visitantes entre entre empresários, investidores, pesquisadores, estudantes e profissionais da área. O evento deve contar com 100 estandes com soluções voltadas para demandas da indústria 4.0 que abrangem Inteligência Artificial, Automação, Cidades Inteligentes, Pet Tech, dentre outras.

A organização é liderada pelo Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel) e pela Associação Industrial de Santa Rita do Sapucaí.

Durante três dias, o evento reunirá rodadas de negócios, palestras, visitas técnicas a fábricas, exposições de produtos e demonstrações de novas tecnologias, com foco na troca de conhecimento e na geração de oportunidades.

O presidente do Sindvel, Roberto de Souza Pinto, destaca que o número de expositores aumentou neste ano, resultado do desempenho nas feiras anteriores. “No ano que tem Fivel, chega ao ponto das empresas não terem férias para trabalharem na produção e cumprir programação”, ressalta.

Quanto ao crescimento, ele revela que a projeção de concretizações nas negociações depende da segunda ponta, mas começa mais agressiva. “Acredito que a Fivel seja um indutor de pelo menos 35% do faturamento do Vale da Eletrônica”, destaca.

O gerente da Regional Sul do Sebrae Minas, Rodrigo Pereira, ressalta a parceria com a Fivel, desde a primeira edição, trazendo o que há de novo para a sociedade e compradores de tecnologia. “Santa Rita do Sapucaí é um celeiro de novas startups e tecnologias e a feira vem mostrar essa vitrine para o mercado das novas tecnologias”, acrescenta.

Outro destaque na cidade é o Arranjo Produtivo Local (APL), com faturamento distribuído entre diferentes empresas locais. “A cadeira produtiva é bem extensa e pode envolver até 27 empresas, com produção horizontal. Esse é o grande diferencial competitivo da cidade”, comenta Pereira.

Empresas participam do evento para expandir mercados e ampliar portfólio de produtos

Foto: Diário do Comércio/Leonardo Morais

Com mais de 20 anos de atuação, a Exxer busca identificar novos mercados e áreas com lacunas a serem preenchidas. A empresa produz equipamentos como materiais de apoio tecnológico voltados para o ensino profissionalizante.

Um dos expositores da Exxer, João Costa, detalha que o negócio envolve soluções em diferentes campos de ensino, como automação, eletricidade, mecânica e software. A empresa, que já desenvolve soluções tecnológicas para o Senai, pretende ampliar a presença em projetos educacionais a partir de parcerias com o poder público e novos mercados.

“A gente entende que em cidades ao redor a tecnologia não está bem inserida na sala de aula. Queremos mostrar que dentro da nossa própria cidade existem soluções que podem ser aplicadas no dia a dia“, detalha Costa.

Também presente na Fivel, a Akko Health Devices atua há mais de uma década no desenvolvimento de técnicas e protótipos voltados à linha veterinária. A empresa é especializada em equipamentos que auxiliam no tratamento oncológico de cães e gatos, com foco em soluções tecnológicas que ampliam a precisão e reduzem o desconforto dos animais durante as terapias.

Com base em estudos cada vez mais robustos, a marca dá agora um passo além e expande sua atuação para a medicina humana. O novo foco está no desenvolvimento de tecnologias para o tratamento de tumores superficiais, oferecendo alternativas menos invasivas em comparação aos procedimentos tradicionais.

“São tecnologias exclusivas no mundo e tudo isso foi desenvolvido exclusivamente no Sul de Minas, na Incubadora Municipal de Santa Rita do Sapucaí”, comenta o diretor técnico da Akko, Carlos Brunner.

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