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Folia em BH recebeu 4,3 milhões de pessoas

Folia em BH recebeu 4,3 milhões de pessoas
204 mil foliões que vieram de outras cidades participaram, em média, de quatro dias do Carnaval e tiveram um gasto médio diário de R$ 179,58 - Foto: Élcio Paraíso

O movimento no Carnaval de Belo Horizonte, apesar de ter ficado abaixo das expectativas, registrou crescimento de 13% em relação à edição de 2018. Balanço divulgado ontem, pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), apontou a presença de 4,3 milhões de foliões na cidade entre os dias 16 de fevereiro e 10 de março. O número é inferior ao projetado pela Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), que esperava 4,6 milhões de pessoas. A presença de turistas no período também aumentou: 204 mil pessoas, o que significou um aumento de 18% sobre o resultado do ano passado.

O presidente da Belotur, Gilberto Castro, destacou que o número de foliões e turistas no Carnaval de Belo Horizonte mais que dobrou nos últimos três anos. “Isso prova que o Carnaval vem crescendo de forma muito rápida”, disse. A festa foi patrocinada pela Skol, Uber e Do Brasil Projetos Eventos. O valor foi de R$ 4,5 milhões em verba direta e R$ 8,3 milhões em planilhas de estruturas e serviços.

Ao ser questionado sobre a projeção de 4,6 milhões de foliões não ter sido alcançada, Castro minimizou o fato. “A expectativa foi calculada em relação aos dois últimos carnavais. O aumento foi realmente menor, mas foi significativo. A gente trabalha pela melhoria, qualificação e profissionalização da festa. Nosso esforço não é ser o maior Carnaval do Brasil, então a gente não enxerga esse dado como negativo”, disse.

Já o número de turistas foi dentro do esperado pela Belotur. De acordo com o balanço, os 204 mil foliões que vieram de outras cidades participaram, em média, de quatro dias do Carnaval e tiveram um gasto médio diário de R$ 179,58 por pessoa. Esses turistas, que eram principalmente homens, solteiros, com idade média de 29 anos e renda familiar mensal de 3 a 5 salários-mínimos, vieram prioritariamente do interior do Estado, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Distrito Federal.

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“Tivemos um crescimento de 18% no número de turistas em relação ao ano passado. Esse é um número que nos deixou muito satisfeitos, pois o turista gasta na cidade com hotel, comida, transporte e isso gera um impacto econômico importante”, destacou Castro. A fala do presidente foi comprovada pelo balanço, que apontou um crescimento de 9,2% na taxa média de ocupação dos hotéis da cidade durante o Carnaval. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIHMG), a taxa foi de 66,8% durante o feriado com pico de 86,8% no dia 3 de maço.

Hotelaria – A diária média em 2019 foi de R$ 226,06, o que representou aumento de 26% em relação ao ano passado, quando foi de R$ 179,27. Segundo Castro, a maioria dos visitantes ainda se hospeda nas casas de amigos e parentes, mas este ano aumentou o número de turistas que optaram pelos hotéis. “Como a maior parte dos turistas é do interior do Estado é comum que eles tenham parentes ou amigos que moram na Capital e, por isso, se hospedam com essas pessoas. Mas tivemos um crescimento de 15% dos turistas que foram para hotéis em relação ao ano passado”, disse.

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, também comentou a importância do turismo de Carnaval para a capital mineira, mas lembrou que essa projeção da cidade no País é um esforço que vai além do poder público. “Não adianta o gestor achar que a cidade é de turismo de negócios, de ‘turismo de tal coisa’ ou ‘de outra coisa’. Quem define o perfil da cidade é o povo dela. Cabe ao poder público organizar porque o próprio povo se encarrega do sucesso da festa”, disse. Ele também destacou que a prefeitura vai estudar os problemas do Carnaval de 2019 para promover uma festa ainda maior no ano que vem.

Carona – O Carnaval de Belo Horizonte em 2019 também gerou renda para artistas locais e regionais, que protagonizaram mais de 65 atrações em oito palcos oficiais. “Ressalto a importância desses palcos que são ocupados por esses artistas do Estado e que valorizam o trabalho deles”, afirma o presidente da Belotur, Gilberto Castro.

Segundo ele, a festa deste ano também contou um número maior de eventos licenciados: foram 30% a mais em logradouro público e 20% a mais em espaços particulares em relação ao ano passado. “Isso mostra que a cidade inteira vem entendendo Carnaval como oportunidade. Esses eventos também são importantes para a movimentação financeira na cidade”, frisa.

Outros protagonistas nesse Carnaval foram os catadores de material reciclável. Pela primeira vez eles tiveram um bloco só deles, que circulou por 12 outros blocos e recolheu cerca de 45 toneladas de material reciclado e mais de 21 toneladas de vidro. O presidente destaca a importância do bloco, que gerou renda para os catadores e chamou a atenção em relação à questão do lixo, que foi um dos pontos negativos do Carnaval deste ano. De acordo com o balanço da Belotur, a SLU recolheu cerca de 2,8 toneladas de lixo na cidade, 85% a mais que em 2018.

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