Franquia lança produção compartilhada

Exclusividade e personalização sempre são vistos pelo consumidor como diferencial, seja em produtos e serviços. Aquela sensação de que algo foi feito pensando em você ou que pode simbolizar a alma de uma marca, por exemplo, tem sempre um encanto. Dentro dessa perspectiva, a Camisetas da Hora vem ampliando o portfólio e lança agora um novo modelo de negócio: a franquia com produção compartilhada.
O modelo tradicional oferecido pela franqueadora é o de e-commerce. O franqueado, em home based, vende pela internet camisetas, canecas e bodies personalizados e a produção é centralizada em Itu, no interior de São Paulo. O investimento, nesse caso, é de R$ 25 mil.
Agora, com o novo formato, o franqueado além da loja na internet, poderá ter uma unidade produtiva. O objetivo, segundo o fundador e CEO da Camisetas da Hora, Marcelo Óstia, é descentralizar a produção, assim reduzindo os prazos e custos da entrega. Para esse modelo de negócio, o investimento é de R$ 100 mil.
“Antes da pandemia estávamos crescendo através dos quiosques instalados em shopping centers. A Covid-19, porém, nos mostrou que nesse formato ficamos reféns do que vai acontecer com o shopping, se vai abrir ou não, então criamos esse novo formato. Nosso objetivo é que a unidade local produtora atenda todos os franqueados daquela região além dos próprios clientes. Assim vamos conseguir diminuir o prazo de entrega e também o valor do frete, utilizando diferentes modais logísticos além dos Correios”, explica Óstia.
Insumos e maquinário são comprados também de forma descentralizada de fornecedores homologados pela Camisetas da Hora.
Minas Gerais terá sua primeira unidade de produção compartilhada inaugurada ainda em setembro, na cidade de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Atualmente o Estado é responsável por cerca de 10% do volume de vendas da Camisetas da Hora. Esse índice leva o executivo a projetar mais quatro unidades desse tipo em território mineiro.
A expectativa, entretanto, é que Minas seja responsável, em um futuro próximo, por até 30% das vendas, o que elevaria o número de unidades de produção compartilhada para 10. Dados do e-commerce nacional dos últimos anos parecem referendar as expectativas.
Dados do estudo NuvemCommerce apontam que, em 2021, as pequenas e médias empresas de Minas Gerais faturaram quase R$ 230 milhões com as vendas on-line, valor 73% maior que o registrado no mesmo período do ano anterior (R$ 133 milhões). Em todo o Brasil, as PMEs faturaram R$ 2,3 bilhões com o e-commerce, o que representa um crescimento de 77% em comparação com 2020. Aproximadamente oito produtos são vendidos por minuto de forma on-line no Estado de Minas Gerais.
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