Franquias mineiras avançam, com resultado alinhado com nacional

Os dados da Pesquisa Trimestral de Desempenho do setor de franquias divulgados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) revelam que os resultados de Minas Gerais seguem alinhados com o que acontece no País. No primeiro trimestre deste ano, as redes de franquias registraram um avanço de 8,9% na receita em comparação ao mesmo período de 2024, atingindo R$ 65,967 bilhões.

No acumulado dos últimos 12 meses, o setor apresentou um crescimento ainda mais expressivo, de 11,2%, com faturamento superior a R$ 278 bilhões. Em Minas o crescimento foi de 7,1% no mesmo período entre o primeiro trimestre de 2024 e o mesmo período deste ano, acumulando um faturamento de R$ 5,62 bilhões.

Já no número de operações abertas, o Estado superou o País, registrando crescimento de 4%, elevando o número de empregos diretos em 3,1%. Enquanto isso, o Brasil somou 2,8% de novas operações.

Já entre os setores que mais cresceram não houve coincidências. No Brasil os primeiros colocados foram:

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• Limpeza e conservação, com 16,3%;
• Saúde, beleza e bem-estar, com 14,9%;
• Hotelaria e turismo, com 14,7%.

E em Minas, os segmentos de maior destaque foram:

• Casa e construção, com 31,8%;
• Entretenimento e lazer, com 17,5%;
• Saúde, beleza e bem-estar, com 16%

Para o diretor regional da ABF Minas, Antônio Bortoletto, os resultados acompanham uma linha histórica e demonstram a resiliência do setor de franquias às crises econômicas e políticas. No balanço do ano de 2024 comparado ao de 2023, os segmentos que mais cresceram em faturamento no Estado foram:

• Entretenimento e lazer, com 22,6%;
• Alimentação – food service, com 22,2%
• Casa e construção, com 21,2%.

No Brasil, as franquias que mais cresceram foram nos segmentos:

• Entretenimento e lazer, 16,6%;
• Saúde, beleza e bem-estar, 16,5%;
• Alimentação – food service, 16,1%.

“Em geral crescemos em linha com o nacional, respeitando as características locais. E se pegarmos o histórico dos últimos trimestres, vamos perceber uma coerência, sem grandes sobressaltos. A expectativa para o próximo semestre é que de resultados ainda melhores porque serão três datas importantes para o varejo: Dia das Mães e dos Namorados, além da Páscoa que este ano foi mais tarde do que no ano passado”, analisa Bortoletto.

O ponto “fora da curva” em Minas ficou por conta do segmento de alimentação – comércio e distribuição, que registrou uma queda de 39,9% em faturamento e, consequentemente, uma variação negativa de 15,8% em número de operações e menos 16,2% no número de empregos.

A explicação, segundo o executivo, está no fechamento da rede espanhola de supermercados O Dia no Brasil. Em Minas eram 41 operações.

“O que impulsiona o segmento de alimentação são os supermercados. O fechamento de uma rede tem um grande impacto e em Minas eram muitas unidades, diferentemente de outros estados. A boa notícia é que as lojas foram repassadas para outros empreendedores, então o dinheiro continua circulando no Estado, mas fora do sistema de franquias. Se O Dia não tivesse se retirado, as franquias em Minas teriam um resultado acima da média nacional, pois eles continuariam faturando”, explica.

Talentos – Para seguir crescendo o setor precisa qualificar a mão de obra. Dando andamento ao Acordo de Cooperação Técnica entre a ABF e o governo de Minas, assinado em dezembro do ano passado, o programa Trilhas do Futuro – que oferta gratuitamente cursos técnicos aos estudantes e egressos do ensino médio – vai oferecer cursos demandados pelo setor.

“Teremos cursos direcionados, além dos que já existem e podem ser muito úteis às franqueadoras. É bom lembrar que esses cursos não têm custos para os alunos e nem para as empresas. No final de junho teremos um novo edital”, conta o diretor regional da ABF Minas.