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Fundação Dom Cabral recebe 400 bolsistas no 2º semestre de 2024

Em 2023, 547 pessoas foram beneficiadas em escolas parceiras e em programas próprios da Fundação Dom Cabral e, agora, em 2024, este número já soma 666
Fundação Dom Cabral recebe 400 bolsistas no 2º semestre de 2024
Ana Justino fez o curso Liderança Transformadora e conseguiu, segundo ela, as ferramentas para entender, de fato, o que era ser uma boa líder. “Tinha a porta e a maçaneta, mas não tinha a chave”, brincou ela | Crédito: Homero Xavier

Na última quinta-feira (24), a Fundação Dom Cabral realizou o evento híbrido de boas-vindas oficiais aos 398 bolsistas do segundo semestre deste ano. São 147 participantes em programas próprios da FDC, como MPA (Mestrado Profissional em Administração) e Executive MBA, e 251 em instituições parceiras, em cursos técnicos e de graduação.

A concessão de bolsas de estudo é tradicional dentro da Fundação Dom Cabral e cresceu nos últimos anos. Em 2023, foram concedidas 547 bolsas de estudos em escolas parceiras e em programas próprios da FDC, e, agora, em 2024, este número já soma 666 bolsas (até outubro).

Neste ano, 85% das bolsas concedidas pela FDC em programas próprios foram para pessoas do gênero feminino e negra, impactando um dos mais fortes pontos de interseccionalidade para inclusão e diversidade. Além disso, dos 147 bolsistas dentro da própria FDC, 95% se autodeclaram negros (pretos e pardos), 82% mulheres cis e 2% mulheres trans (quatro mulheres trans negras). Além disso, há duas pessoas com deficiência e 31 pessoas LGBTQIAP+.
A líder do programa de bolsas e gerente de projetos da FDC, Fabíola Carla, ressalta que, de 2023 para 2024, houve aumento de 169% em bolsas concedidas em programas próprios da escola de negócios.

O Programa de Bolsas também oferece oportunidades de Graduação e Ensino Técnico em instituições de ensino parceiras, ampliando o acesso à educação em diferentes momentos e áreas de formação. Neste campo, foram 251 bolsas com representatividade de 55% de pessoas negras. Os cursos abarcam formações de Direito, Psicologia, Relações Internacionais, Fisioterapia, Engenharia, Enfermagem, Agronomia, entre outras.

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Boas-vindas

O evento de boas-vindas contou com a presença do presidente executivo da FDC, Antonio Batista; a diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade da FDC, Marina Spínola; a vice-presidente de Educação Social, Ana Carolina de Almeida; representantes de seis instituições de ensino superior e técnico parceiras (Faculdade Santa Casa, PUC Minas, Faculdade de Ciências Médicas, Faculdade Dom Helder, Faculdade Cotemig e Colégio Cotemig e Faculdade Arnaldo); e a procuradora de Justiça, Dra. Valma Leite da Cunha.

Além disso, a cerimônia contou com homenagem ao Centenário do Cardeal Dom Serafim, com Auria Falchetto, amiga que, por 45 anos, esteve com o cardeal à frente da Fundação José Fernandes de Araújo, e Eustáquio Araújo, como representante oficial da família. Uma carta de Maria Josefina, uma das irmãs de Dom Serafim, também foi lida para integrar as homenagens.

Na abertura da solenidade, Antonio Batista enalteceu a missão do professor Emerson de Almeida e de Dom Serafim no apoio à educação: “seguimos na nossa crença universal que a educação transforma pessoas e vidas”. Segundo ele, o programa de bolsas tem uma missão de diminuir desigualdades, privilegiando grupos historicamente minorizados. “Somos um dos países mais ricos do mundo, mas estamos entre as piores economias do mundo em termos de igualdade. Só a educação é capaz de permitir a mobilidade social de uma maneira sustentável”, definiu.

Já Marina Spínola, também como coordenadora do programa Diversidade, Equidade e Inclusão da FDC, ressaltou que as bolsas integram uma série de ações que a instituição faz para romper barreiras e ampliar a diversidade. “Temos também priorizado a renovação do próprio corpo docente e o conteúdo e abordagem pedagógicas para promover, de fato, uma transformação”, completa.

O evento de concessão de bolsas da Fundação Dom Cabral, que acontece semestralmente, sempre chama palestrantes com trajetórias de vida marcantes para falar aos bolsistas. Desta vez, contaram suas trajetórias, Alfredo Sales, ex-bolsista do curso Direito na PUC Minas; Ana Justino, ex-bolsista do Programa Liderança Transformadora; e Douglas Vidal, CEO da Future In Black.

Programa capacita líderes para transformar o mundo

Durante a pandemia, a ex-bolsista do Programa Liderança Transformadora, Ana Justino, esteve à frente de algumas iniciativas de empoderamento feminino, mas sentia dificuldade de “colocar estas ‘criações’ no mundo”, como ela mesmo define. Ela fez o curso Liderança Transformadora e conseguiu, segundo ela, as ferramentas para entender, de fato, o que era ser uma boa líder. “Tinha a porta e a maçaneta, mas não tinha a chave”, brinca.

A líder do programa de bolsas e gerente de projetos da FDC, Fabíola Carla, ressaltou, justamente, o quanto o programa de bolsas contribui para a construção de novos líderes. “Executivos têm vários, mas líder é diferente. O verdadeiro líder se preocupa com todo o entorno, qualidade de vida dos colaboradores, meio ambiente, diversidade, inclusão, entre outros aspectos”, define.

Outro exemplo dessas novas lideranças é o CEO da Future In Black, Douglas Vidal, que vindo de uma região periférica do Rio de Janeiro, conseguiu bolsas no Ensino Médio, em um colégio particular, na PUC e FGV. “Acessar lugares com pessoas que têm acesso muda tudo”, ressaltou.

“Quando a gente tem acesso a oportunidades e alcançamos coisas que nunca imaginamos, vem o segundo passo que é pensar como podemos ampliar isso a outras pessoas”, colocou.
O programa de bolsas, liderado pela Educação Social da Fundação Dom Cabral, garante bolsas de até 100% para os Programas da FDC de Pós-graduação (Doutorado, Mestrado, MBA, Especialização) e outros de curta e média duração, além de cursos técnicos e graduações em instituições parceiras.

Semestralmente, a Educação Social da FDC realiza o processo seletivo para o programa de bolsas que pode ser acompanhado no site. A seleção do programa prioriza negros, mulheres, grupo LGBTQIAP+ e pessoas com deficiência.

No encerramento, a vice-presidente de Educação Social, Ana Carolina de Almeida, destacou que a Fundação Dom Cabral é uma escola que capacita líderes para mudar o mundo, e a área de Educação Social é responsável por não deixar ninguém para trás nisso. “São momentos como este que me dão coragem e fé de que o futuro pode ser melhor”, finalizou.

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