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Gasmig quer levar rede de gás canalizado para o Triângulo Mineiro

Companhia mantém diálogo com distribuidoras de outros estados para construir um duto de transporte
Gasmig quer levar rede de gás canalizado para o Triângulo Mineiro
Estatal mineira iniciou recentemente as obras do Gasoduto Centro-Oeste, que vai receber investimentos de R$ 800 milhões | Crédito: Dirceu Aurélio/Imprensa MG

Após iniciar a construção do Gasoduto Centro-Oeste, com cerca de 300 km, a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) vem trabalhando para levar uma rede também para o Triângulo Mineiro. A estatal mineira conta com um plano de investimentos da ordem de R$ 5,3 bilhões para os próximo dez anos.

“Numa frente, estamos tentando viabilizar o início desse atendimento com biometano, que seria levado até os clientes por redes de gás isoladas, construídas pela Gasmig”, explicou o presidente da empresa, Gilberto Valle, em nota. Em outra frente, a Gasmig está atuando com concessionárias de gás do Centro-Oeste do Brasil para viabilizar a construção de um gasoduto de transporte que, a partir do estado de São Paulo, cruze o Triângulo Mineiro em direção a Goiás, informou o executivo.

O foco será atender a mais clientes com redes de gás canalizado em Minas Gerais e que, com a demanda conjunta, seja mais fácil a implantação dessa expansão de rede pela Gasmig. “Acreditamos que um volume expressivo de gás decorrente das demandas de potenciais clientes de Minas Gerais, Goiás e do Distrito Federal possam viabilizar esse gasoduto de transporte que a Gasmig suprirá de gás e o distribuirá para os seus potenciais clientes do Triângulo Mineiro”, detalha o presidente.

Investimento em usina térmica está nos planos

A Gasmig pretende também contribuir na viabilização de uma possível usina térmica a gás natural a ser implantada na região mineira da Sudene, fruto do processo de privatização da Eletrobras.

“Sob o ponto de vista do gás natural, essa usina servirá de âncora para a construção de um outro gasoduto de transporte. Ou seja, uma nova entrada de gás natural para Minas Gerais, que permitirá à Gasmig expandir o seu sistema de distribuição de gás pelas regiões dos rios Doce, Mucuri e Jequitinhonha, alavancando o desenvolvimento do Nordeste do Estado”, pontua Gilberto Valle.

Contudo, o presidente faz questão de frisar que a companhia não deixará de incluir no seu programa de investimentos o adensamento das redes já existentes. “Queremos torná-las cada vez mais eficientes, além de promover a expansão urbana dos nossos gasodutos para novos bairros e, assim, atender a uma maior parcela da população”, explica.

A Gasmig já iniciou as obras do Gasoduto Centro-Oeste com aportes que devem somar mais de R$ 800 milhões. A construção do gasoduto foi considerada essencial para o desenvolvimento econômico da região e para a atração de novas indústrias. E, de acordo com dados da empresa, as obras devem durar até o início de 2026. Com essa nova expansão, possivelmente o prazo deve sofrer alguma alteração. O gasoduto em construção passará por Betim; Divinópolis; Igarapé; Itaúna; Juatuba; Mateus Leme, São Joaquim de Bicas e Sarzedo. Estas cidades, juntas, respondem por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial e 7% do PIB total de Minas Gerais.

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