Negócios

Governo retoma obras do prédio da Escola de Design

Com cursos de graduação e pós-graduação em Artes (Plásticas e Visuais) e Design (Gráfico, Ambientes, Móveis, Bolsas, Calçados, Gemas e Joias), a economia criativa é um dos carros-chefes da Universidade do Estado de Minas (Uemg), que completa 30 anos de fundação em setembro de 2019.

Como presente, o governo anunciou, em março deste ano, a retomada das obras do prédio da Escola de Design, localizada na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. O reinício dos trabalhos é um esforço da atual gestão para acabar com uma espera de mais de cinco anos.

Após a conclusão da reforma, o prédio, com uma torre principal de 13 andares, vai abrigar, por exemplo, as aulas dos cursos Design de Ambientes, que são ministradas por um corpo docente qualificado, do qual a pesquisadora Rosângela Miriam Lemos Oliveira Mendonça faz parte.A professora organizou, em 2007, uma coletânea de artigos sobre economia criativa e, atualmente, prepara uma nova publicação.

“São artigos de autores especialistas na área, pessoas de renome no mercado, vários deles professores da Uemg. Falando sobre o potencial de Minas, basta dizer que a Escola de Design da Uemg é a primeira do Estado e a segunda do País”, exalta.

Formada em Design de Ambientes, Marina Montenegro é uma das egressas da Uemg que ocupam posições de destaque no mercado de trabalho. A designer fundou, ao lado de sua sócia, a Mooca, um marketplace (espaço virtual onde se faz comércio eletrônico) que comercializa produtos criativos locais.

Alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU), a Mooca é um negócio de impacto social que traz visibilidade aos produtores e às suas criações.

“Belo Horizonte tem potencial para ser capital da economia criativa. Quero ajudar as pessoas a viverem da criatividade de forma sustentável”, frisa Marina Montenegro.

Com metodologia própria que promete dobrar a faturamento do pequeno produtor, a Mooca também oferece o serviço de aceleração.

“A aceleração é uma ação de formação empreendedora. Oferecemos cursos e mentorias individuais em diversas áreas, como negócios e finanças, que auxiliam o pequeno produtor a se desenvolver”, ressalta Marina. O curso de aceleração dura seis meses.

Inovação institucional – Mais uma evidência de que o governo de Minas reconhece a relevância da economia criativa, tanto pelo aspecto cultural quanto pelo econômico, é que, pela primeira vez, as pastas de Cultura e Turismo podem ter uma área específica para lidar com o tema.

Se o projeto de lei da Reforma Administrativa (PL 367/2019) enviado pelo governador Romeu Zema à Assembleia Legislativa for aprovado, a futura Secretaria de Cultura e Turismo vai ter, em sua estrutura, a Superintendência de Fomento Cultural e Economia Criativa.

“Este sempre foi um tema transversal, mas agora queremos dar a ele uma atenção especial. É tendência no Brasil e no mundo”, frisa a subsecretária de Estado de Cultura, Solanda Steckelberg.

“É uma modernização institucional ter uma área justamente para tratar do desenvolvimento da cadeia da economia criativa, é um novo desenho de administração pública que queremos implantar”, acrescenta a subsecretária.

Outro exemplo de inovação institucional – um dos pilares da nova economia ao lado do setor criativo – é o Transforma Minas, programa de gestão de pessoas que disponibiliza a qualquer pessoa, inclusive a servidores do Estado, vagas de chefia, direção e superintendência nas secretarias e órgãos da administração pública estadual direta e indireta.

O programa dá continuidade ao processo que se iniciou com a seleção dos secretários e é inspirado em modelos bem-sucedidas adotados em países como Austrália, Chile e Reino Unido. A seleção acontece exclusivamente pelo site www.transformaminas.mg.gov.br.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas