Grupo Energisa assume controle total da EPM após acordo de R$ 1,034 bilhão com banco Itaú
O Grupo Energisa adquiriu todo o capital social da Energisa Participações Minoritárias (EPM) que estava sob o controle do Itaú Unibanco, acionista minoritário na empresa. A companhia mineira pagou R$ 1,034 bilhão pelas ações preferenciais de emissão de sua subsidiária controlada pelo banco.
De acordo com fato relevante divulgado, na última sexta-feira (12), pela companhia do setor energético, o montante negociado foi pago integralmente à vista. Antes desta operação, o Grupo Energisa controlava 72,07% da EPM, enquanto o Itaú detinha os outros 27,93% da empresa. A partir de agora, ele passa a ser o único controlador da subsidiária.
Essa negociação também implica na saída do banco de sua posição acionária na EPM e, consequentemente, na extinção do acordo de acionistas celebrado entre o Itaú e o grupo mineiro em dezembro de 2018. A EPM é uma sociedade que atua como veículo de participações no Grupo Energisa, por meio da qual são detidas participações minoritárias em determinadas sociedades integrantes do grupo econômico.
A compra da totalidade das ações preferenciais de emissão da EPM também resultou na aquisição, de forma direta e indiretamente, de 99,74% do capital social da Rede Energia Participações, e de 97,55% do controle da Energisa Mato Grosso – Distribuidora de Energia (EMT). Além dessas participações, o grupo mineiro também passa a deter, direta ou indiretamente, alguns valores mobiliários, como a sétima, 16ª, 19ª e 21ª emissão de debêntures da EMT.
Essa operação, no valor de R$ 1.034.350.264,98, faz parte do plano de reorganização societária envolvendo a Energisa e algumas sociedades controladas, com o objetivo de simplificar a estrutura do grupo, sem objetivar alterações do controle acionário ou da estrutura administrativa da EMT e da Rede Energia.
Em nota enviada ao Diário do Comércio, o Grupo Energisa ressalta que não pode dar informações sobre possíveis negociações, mas que está sempre analisando e avaliando melhorias e simplificações na sua estrutura societária. Segundo a nota, o objetivo é alcançar a racionalização administrativa, a consolidação de participações e a melhoria da eficiência operacional do grupo como um todo.
Expansão no mercado de biometano
Essa negociação com o Itaú não é a primeira aquisição realizada pela companhia do setor energético neste ano. Em novembro deste ano, a Energisa Biogás (Ebio), subsidiária do Grupo Energisa, investiu R$ 62,7 milhões na aquisição de 52% do capital social da paranaense Lurean, que atua no tratamento de resíduos orgânicos e na produção e comercialização de biofertilizantes.
O montante investido contempla a aquisição da participação na sociedade e o aporte de capital, que será usado como parte do financiamento para a construção de uma usina de biometano em Carambeí (PR), com capacidade de produção de aproximadamente 28 mil metros cúbicos (m³) por dia. O investimento total estimado para implantação dessa unidade será de R$ 100 milhões.
A transação faz parte do plano de avanço do grupo no mercado de biometano, iniciado em 2023, com a aquisição da empresa de compostagem de resíduos orgânicos industriais para produção de biofertilizante Agric.
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