Grupo Pardini bate recorde de exames realizados no 1º trimestre

Investimentos em tecnologias produtivas, logística e digital, além de uma gestão eficaz dos indicadores de volume, preço e despesas administrativas levaram o Grupo Pardini a comemorar excelentes resultados no primeiro trimestre do ano. Destaca-se o volume de exames (32,5 milhões) no período – recorde de volumetria do Pardini em um trimestre – que gerou uma receita bruta (R$ 513,5 milhões).
Além disso, lucro bruto (R$ 137,1 milhões), lucro líquido (R$ 50,1 milhões) e o Ebitda (R$ 106,4 milhões) mostram uma tendência de recordes financeiros e de produção comparando com os mesmos períodos em anos anteriores.
De acordo com o CFO do Grupo Pardini, Camilo de Lélis, apenas parte dos resultados está ligado ao recrudescimento da pandemia em 2021. O volume total de exames no trimestre cresceu 20,8% em relação ao primeiro trimestre de 2020 (1T20), tanto em análises clínicas quanto em imagem, e ambos cresceram dois dígitos. Mesmo quando desconsiderados os exames relacionados à Covid-19, o aumento foi de 15%. O crescimento de dois dígitos foi apurado tanto em análises clínicas quanto em exames de imagem.
“Não se trata de comparar um trimestre com o outro e falar que a empresa está muito bem. Isso vem de um investimento a longo prazo, desde a criação do Núcleo Técnico Operacional (Into), em Vespasiano (Região Metropolitana de Belo Horizonte – RMBH). Crescemos seis vezes desde 2010 o volume de exames realizados. Isso nos deu capacidade, inclusive, de redirecionar investimentos no cenário da pandemia”, explica Lélis.
Nos três primeiros meses de 2021, a rede realizou mais de 1,1 milhão de testes Covid-19, cerca de 10% acima do quarto trimestre de 2020, novo recorde trimestral desse tipo de exame.
Na gestão dos contratos com operadoras e planos de saúde, houve reajustes junto a praticamente todos os players. Além disso, foi estendido o credenciamento com planos de saúde nas praças de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia. Outro importante movimento comercial que levou ao aumento do lucro foi a recomposição de preços instituído no L2L (unidade de negócios B2B que atende cerca de 6 mil laboratórios e hospitais espalhados no Brasil) no mês de março, marcando uma nova dinâmica de repasse de preços no mercado de apoio.
“Nesse trimestre em que continuamos com a pandemia, tivemos recordes de volumes. Foi uma consolidação dos planos de ação que foram construídos ao longo do tempo. Quando fizemos o IPO, em 2017, tivemos uma concorrência muito forte no L2L. Foi tomada uma série de ações para voltar ao nível de qualidade que o cliente estava acostumado. Preço e prazo não são os primeiros quesitos avaliados para a tomada de decisão do consumidor. Saber lidar com o preço é muito difícil e importante, tem que buscar eficiência, reduzir custos, melhorar processos, apurar a tomada de decisões, mesmo sabendo que estamos transferindo parte para o nosso cliente”, pontua.
O crescimento do grupo é planejado em diversas frentes que incluem aquisições de empresas complementares, crescimento por unidades próprias, novos serviços e novas verticais de negócios, como a Pardis Distribuidora, a mais recente iniciativa.
“O Pardini tem uma diversidade de estradas de negócios. Tem o PSC (unidades de atendimento), imagens, toxicologia, o L2L, entre outros, e cada público é único e as pessoas querem tecnologia. Para se ter uma ideia, nas vendas de vacinas via e-commerce, somente em fevereiro deste ano, crescemos quase 200% sobre fevereiro de 2020. O aumento da receita de Covid-19 foi de 660% na mesma base de comparação. No atendimento em domicílio crescemos 300% entre fev/2020 e fev/2021. O consumidor já consolidou os novos hábitos”.
Futuro
Sem dar nenhum detalhe, o executivo se limitou a dizer que as estratégias de crescimento do grupo seguem ao longo de 2021. A expectativa é de que nos próximos meses sejam anunciadas novas praças de atuação presencial da marca, além do avanço dos negócios remotos. Já os planos para o mercado externo exigem um prazo maior, mas os estudos estão avançados.
“Temos dois eixos de expansão: adquirir empresas com grande competência técnica e agregar isso a nossa tecnologia, atingindo escala em alta especialização. Nos últimos anos foram 14 aquisições, somando quase R$ 600 milhões em investimentos. E fortalecer a presença nos mercados que já atuamos, atentos a algo inorgânico que possa contribuir, ou também criando parcerias societárias em mercados potenciais, agregando PSCs com marcas locais e também núcleos avançados, principalmente no L2L. Agora, buscamos com nossa área de toxicologia – que faz os testes obrigatórios para motoristas – um projeto de expansão para o mercado externo. São fronteiras mais distantes que a América Latina. Esse, porém, é um projeto mais complexo no sentido de observância dos aspectos legais de cada país”, completa o CFO do Grupo Pardini.
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