Grupo Pardini conclui projeto de R$ 50 mi
Um dos maiores players de medicina diagnóstica do País, o Grupo Pardini anunciou ontem o término da implantação do Guardian, modelo produtivo com tecnologia de automação para detecção de doenças infecciosas por biologia molecular. Trata-se do maior núcleo de realização testes para detecção de doenças como o Covid-19 no Brasil, preparado para realizar 20 mil testes RT-PCR por dia.
De acordo com a empresa, por nota, o Guardian vem sendo implantado de maneira escalonada desde fevereiro de 2020 e faz parte do Enterprise Lab, maior polo de produção de exames laboratoriais do mundo, localizado próximo ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins.
São mais de 60 equipamentos dedicados, funcionando 24 horas por dia, um investimento direto e indireto próximo dos R$ 50 milhões. “O Guardian representa uma nova estratégia de conexão e automação dos testes de biologia molecular, com as competências core da companhia: tecnologia, experiência em automação, pesquisa e desenvolvimento e o conhecimento adquirido nos mais de 60 anos de história”, afirma o presidente-executivo, Roberto Santoro.
Até o momento, o Grupo Pardini realizou mais de 900 mil testes para Covid-19, sendo 500 mil RT-PCR. A tendência, agora, é a ampliação exponencial desse volume, reforçando o atendimento a pacientes diretos, médicos, hospitais, laboratórios parceiros, operadoras de saúde e empresas nacionais e internacionais.
Solução inédita – No processo de análise RT-PCR tradicional, as amostras são manuseadas por pessoas e há um risco natural de contaminação das amostras e dos profissionais, principalmente para laboratórios que produzem grandes quantidades de testes. Já no modelo inédito criado pelo Pardini, o processo é 100% automatizado. Da chegada da amostra até a entrega do resultado, tudo é feito por equipamentos com alta tecnologia embarcada. Todas as lâminas são registradas com código de barras, rastreadas e acompanhadas por um painel de controle.
“Essa solução só foi possível graças à experiência histórica do Grupo Pardini com a automação, principalmente após o Enterprise – Modelo Integrado de Inteligência em Medicina Diagnóstica – cuja implantação foi finalizada no início deste ano”, informa a empresa.
“A expertise do Enterprise foi decisiva para a criação de um modelo de automação inédito para realizar os exames RT-PCR em grande escala, com agilidade e total segurança e confiabilidade”, destaca o diretor de Operações, Guilherme Colares.
Como consequência dessa evolução e da ampliação da capacidade de processamento de testes RT-PCR, há um enorme ganho para toda a cadeia da saúde com a redução do prazo de entrega.
De acordo com o grupo, a concepção do Guardian se adéqua às necessidades atuais e futuras de diagnóstico em grande escala para o Covid-19 e prepara a companhia para o crescimento da oferta de exames especializados, para todo o País, inclusive em outras crises de saúde pública, caso existam.
“É mais um passo em direção ao fortalecimento da unidade de negócios de Medicina Personalizada”, destaca Roberto Santoro. Para ele, o Guardian representa uma nova estratégia de produção com as competências core da companhia: tecnologia, automação e pesquisa e desenvolvimento. “O Guardian é o nosso Enterprise dos exames especializados. Após a pandemia, a estrutura será utilizada para dar acesso e celeridade à realização de testes moleculares em maior escala, hoje restrito aos grandes centros urbanos”, defende.
Para o vice-presidente Comercial e Marketing do grupo, Alessandro Ferreira, a inovação do Guardian não está apenas no modelo produtivo, mas na sua inserção na cadeia de saúde. «Nosso propósito é conseguir levar o melhor do diagnóstico a todos os cantos do País. Para isso, mantemos a atenção a toda a cadeia, sendo também eficientes em logística, interfaces tecnológicas e experiência do cliente”, afirma.
Hoje, o Grupo Pardini conta com a maior malha logística dedicada ao transporte de amostras biológicas do país. São mais de 2 mil municípios visitados e 88 mil quilômetros percorridos e diariamente, de automóveis, motocicletas e até barcos, além de modais aéreos utilizando a frota das principais companhias de aviação comercial, incluindo ainda aeronaves dedicadas por meio do Jet Lab.
Tudo isso para atender mais de 6 mil laboratórios e hospitais do país, com a oferta dos testes para Covid-19 e outros 8 mil tipos de testes, dos mais simples aos mais especializados, por meio das empresas que compõem o Grupo.
Aos 61 anos, o Grupo Pardini é um dos maiores no setor de Medicina Diagnóstica e Preventiva do Brasil. Além das 122 unidades próprias (75 em Minas Gerais, 5 em São Paulo, 12 no Rio de Janeiro e 30 em Goiânia) Toda essa estrutura permite oferecer mais de 8 mil tipos de exames e a expertise nas áreas de análises clínicas, diagnóstico por imagem, genética molecular, testes oncológicos de alta complexidade, medicina nuclear, medicina personalizada e patologia cirúrgica.
BH ganha drive-thru de testagem de Covid-19

Drive-thru está instalado no estacionamento do Raja Grill, na avenida Raja Gabaglia | Crédito: Divulgação
Belo Horizonte passa a contar com um ponto de testagem para o Covid-19 no formato drive-thru. O serviço, que já está funcionando, foi criado para atender as pessoas que precisam ser testadas de forma prática e rápida, em que o exame feito com o paciente dentro do carro.
O estacionamento do Raja Grill , na avenida Raja Gabáglia, está preparado com estrutura e profissionais para a realização dos exames: Sorológico IgG e IgM Qualitativo, Sorológico IgG e IgM Quantitativo, Antígeno e PCR. Há também a possibilidade da contratação do serviço em domicílio, chamado Home Care, que atende condomínios, empresas e residências. Este tipo de serviço já é oferecido no Espírito Santo e a experiência dos capixabas tem sido positiva.
De acordo com o coordenador-médico da Teste Covid Brasil, Thanguy Friço, a pessoa deve ser testada caso apresente ou tenha apresentado sintomas típicos de Covid-19, como febre, tosse seca, cansaço, dor de garganta, diarreia, conjuntivite, dor de cabeça, perda de paladar ou olfato, erupção cutânea na pele ou descoloração dos dedos das mãos ou dos pés, dificuldade de respirar ou falta de ar, dor ou pressão no peito ou, em casos mais graves, perda de fala ou movimento.
Para Thanguy Friço, o Teste Covid Brasil é uma estratégia que contribui, também, para o bem-estar das famílias dos empregados das empresas. Ele ainda ressalta que os cuidados devem ser avaliados exatamente na hora da testagem do Covid-19. “Muitos setores optaram pelo home office, no entanto, há casos que exigem a presença dos funcionários.
A verdade é que parte das empresas interromperam o trabalho presencial, mas a necessidade de voltar o quanto antes exige estratégias de segurança e prevenção. A aferição da temperatura corporal e a testagem entram como uma ferramenta importante para definir o retorno às atividades com segurança, para gerenciar melhor as equipes”, explica.
Segundo o médico, o rastreamento da doença por meio do drive-thru garante a segurança dos profissionais de saúde, tira as dúvidas de casos suspeitos e, principalmente, evita a disseminação do vírus, pois pacientes assintomáticos podem transmitir sem saber.
“É sabido também que a testagem contribui para a saúde mental dos trabalhadores. Ver que as medidas de segurança, como, o distanciamento social, uso de máscaras e higienização correta das mãos e ambientes de trabalho estão funcionando, melhoramos assim o quadro mental das pessoas. Além disso, pode ter reflexos positivos ainda no retorno ao trabalho e consequentemente na produtividade”, destaca o especialista.
Por proporcionar conforto e praticidade, o serviço de testagem em domicílio deve ser bem demandado. “Essa modalidade de atendimento facilita bastante a vida idosos e pessoas com dificuldade de locomoção na hora de fazer o exame”, comenta o coordenador médico da Teste Covid Brasil. De olho no bem-estar e segurança dos moradores, as administradoras de condomínios ou síndicos podem solicitar o serviço de testagem, conforme completa o médico. “O agendamento é feito via site da Teste Covid Brasil e a coleta do exame é feita em área comum, respeitando as orientações de distanciamento social”, explica o especialista Thanguy Friço.
Anvisa autoriza testes de vacinas da Janssen no Brasil
Brasília – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou ontem a realização de testes clínicos em estágio avançado com a potencial vacina contra o Covid-19 desenvolvida pela Janssen, a unidade farmacêutica da Johnson & Johnson, informou o órgão regulador em nota.
De acordo com a Anvisa, os testes com a candidata a vacina Ad26.COV2.S em Fase 3, a última antes do registro, serão feitos no Brasil com 7 mil voluntários distribuídos nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte.
A potencial vacina da Johnson & Johnson é composta de um vetor de adenovírus constituído para codificar a proteína do novo coronavírus, que causa a Covid-19. No total, os testes com a candidata a imunizante serão feitos com 60 mil voluntários em todo o mundo.
“O estudo Fase 1/2 com a vacina candidata foi iniciado em julho de 2020 nos EUA e Bélgica. O ensaio clínico Fase 3 aprovado será conduzido em etapas e cada etapa só será iniciada se os resultados que estiverem disponíveis no momento, obtidos do estudo de Fase 1/2 e do próprio estudo de Fase 3, sejam satisfatórios para continuidade do estudo”, disse a Anvisa em nota.
Em comunicado, a Janssen Brasil informou que os 60 mil voluntários saudáveis que participarão da fase 3 terão idades entre 18 e 60 anos. “Os testes fazem parte do programa de desenvolvimento clínico da Janssen para sua vacina candidata, com previsão de início em setembro, e dependem da aprovação regulatória em cada país, assim como dos primeiros resultados do estudo de fase 1/2a”, informou.
A empresa destacou que o estudo será realizado por centros de pesquisa locais, que farão a supervisão do processo de recrutamento de voluntários e compartilharão as informações relevantes em cada país.
“O Brasil está entre os principais países considerados a fazer parte do estudo de Fase 3. É importante ressaltar que a decisão final a respeito desses países depende dos dados de fase 1/2a, da atual prevalência da doença, da demografia, bem como de requisitos das autoridades regulatórias para garantir que o estudo possa ser conduzido adequadamente e gere dados relevantes sobre a segurança e eficácia da vacina”, acrescentou.
Na semana passada, o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, informou à Reuters que a instituição estava em negociações para participar do estudo da Janssen.
Este é o quarto estudo clínico de uma potencial vacina contra o Covid-19 autorizado pela Anvisa.
Antes, a agência já havia autorizado os testes com a candidata desenvolvida em parceria entre a Universidade de Oxford, no Reino Unido, e a farmacêutica britânica AstraZeneca – que está sendo testada em estudo liderado pela Universidade Federal de São Paulo; a candidata a imunizante da chinesa Sinovac – testada em estudo do Instituto Butantan; e a candidata desenvolvida em parceria entre a norte-americana Pfizer e a alemã BioNTech.
Além disso, o governo do Estado do Paraná assinou acordo com a chinesa Sinopharm para testar a potencial vacina desenvolvida pela companhia e um memorando de entendimento que pode levar a uma parceria envolvendo a potencial imunizante russa, já aprovada pelas autoridades de Moscou depois de menos de dois meses de testes em humanos, o que levou cientistas a indagarem se a Rússia não está colocando o prestígio nacional acima da segurança. (Reuters)
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