Grupo Patrimar tem crescimento de receita e lucro bruto em 2024

Mesmo enfrentando um ano desafiador por conta do cenário macroeconômico brasileiro, com altas taxas de juros, inflação desancorada e um difícil quadro de funding para o setor da construção civil, o Grupo Patrimar atingiu a marca de R$ 1,5 bilhão em receita líquida em 2024, número 8% maior do que o registrado em 2023. A companhia fechou o último ano com lucro bruto de R$ 298 milhões, valor 2% maior que em 2023, além de margem bruta ajustada de 23% no ano de 2024 e margem bruta a realizar (backlog) de 31%.
Em 2025 a construtora e incorporadora mineira que atua nos segmentos alto padrão, médio e econômico em Minas Gerais, Rio de Janeiro e interior de São Paulo focará em geração de caixa, já que neste ano se iniciam as conclusões de obras lançadas no início do ciclo de crescimento da companhia, que começou em 2021.
Segundo o diretor comercial e de marketing do Grupo Patrimar, Lucas Couto, desde 2021 a construtora aumentou significativamente o volume de lançamentos e vendas líquidas. “Em 2024, a companhia concentrou os esforços para melhorar a rentabilidade do negócio, consolidando um patamar de lançamentos, revisando o portfólio de empreendimentos e melhorando os processos internos de gestão de produto e engenharia”, explica.
Já o CEO do Grupo Patrimar, Alex Veiga, explica que em 2025 a companhia segue atenta as dinâmicas do mercado, considerando que neste momento é necessário ser mais cauteloso e disciplinado financeiramente. “O foco agora está em geração de caixa, já que 2025 é o ano em que se iniciam as conclusões de obras lançadas no início do ciclo de crescimento do Grupo, em 2021”, observa.
Outro indicador positivo divulgado no relatório operacional e financeiro da companhia é a dívida corporativa líquida de R$ 160 milhões, representando 28% do patrimônio líquido. Esse nível de alavancagem reduzido reforça a solidez financeira da Patrimar e a capacidade de atravessar cenários desafiadores com resiliência.
O diretor de finanças e relação investidores do Grupo Patrimar, Felipe Enck Gonçalves, explica que a companhia possui um cronograma de endividamento corporativo equilibrado, sem pressões de curto prazo.
“Cerca de 73% do nosso passivo que está vinculado ao CDI está coberto pelo caixa, protegendo boa parte dessas obrigações de grandes flutuações de taxas de juros. Continuamos a apresentar um indicador de cobertura de passivo de construção saudável, o que indica que, com a estabilização de crescimento no patamar atual, a geração de caixa e desalavancagem nos próximos anos é esperada”, afirma.
O gestor considera o exercício de 2024 como um ano “com muitos eventos extraordinários no nosso balanço e trabalhamos sempre para melhorar, bastando ver a nossa margem bruta futura (margem backlog) que está subindo. Isso significa que a safra mais nova tem melhores retornos que a mais antiga. Esperamos que essa tendência continue e que os novos empreendimentos continuem puxando o retorno para cima. O risco disso é o custo, especialmente por conta da inflação e da pouca disponibilidade de mão de obra para o setor”, aponta os possíveis gargalos.
Ainda segundo Gonçalves, a expectativa para 2025 é de um ano de consolidação do patamar de lançamentos e vendas do Grupo, com maior participação do estado de São Paulo e do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) no portfolio.
“Acreditamos muito ainda no altíssimo luxo e no MCMV, os dois extremos da pirâmide. Somos cautelosos nos investimentos, mas nossa história mostra uma capacidade impar de leitura de mercado e de antecipar os movimentos para aproveitar o melhor retorno”, reforça.
O diretor destaca também que o Grupo Patrimar tem um banco de terrenos de mais de R$ 15 bilhões, com boa variedade de produtos. “Para 2025 devemos lançar algo entre 10 e 15 novos empreendimentos nos três estados de atuação e nos três segmentos (Alta Renda, Média Renda e Econômico)”, adianta.
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