Grupo Patrimar lucra R$ 4 milhões e projeta lançamentos

O Grupo Patrimar, uma das maiores incorporadoras e construtoras do Brasil, registrou aumento de lucro de R$ 4 milhões no primeiro trimestre de 2025, frente a igual intervalo de 2024. O resultado reverteu o prejuízo de R$ 7 milhões registrado no primeiro trimestre do ano passado e representou um incremento de 159%. No período, também houve aumento de 11% de receita, chegando a R$ 322 milhões.
Conforme o relatório da empresa, que tem sede em Belo Horizonte, o resultado positivo foi atribuído à estratégia adotada pela companhia que tem foco na atuação diversificada nos segmentos econômico, médio e alto padrão. Ao longo do primeiro trimestre, o Grupo Patrimar focou na venda de estoques disponíveis, ao invés de lançamentos. Além disso, adotou uma estratégia de precificação alinhada aos custos e ao ambiente econômico geral.
No balanço divulgado, a administração do Grupo Patrimar ressaltou que o ano começou positivo no que se refere à rentabilidade dos negócios. “O ano de 2025 começa com um trimestre de boa recuperação dos negócios em termos de rentabilidade, reforçando nossa tese de que as novas safras de empreendimento terão melhores retornos”.
O diretor executivo de Finanças e Relação com Investidores do Grupo Patrimar, Felipe Enck Gonçalves, explica que o incremento de 11% na receita do primeiro trimestre resultou também do desempenho sólido obtido nos anos anteriores. “A receita da Companhia foi impulsionada pelo desempenho sólido nos anos anteriores, pelo ganho de preço e pela continuidade das atividades construtivas. O grupo vem apresentando um crescimento consistente ao longo dos últimos anos, e os resultados atuais refletem diretamente essa trajetória de expansão”.
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Juros altos e escassez de mão de obra são desafios enfrentados pelo Grupo Patrimar
Porém, há desafios. Gonçalves destacou que, em uma perspectiva mais setorial, a preocupação é com a escassez de mão de obra qualificada na construção civil e a lentidão nos ciclos de aprovação de empreendimentos, que poderiam ser mais ágeis. Além disso, a alta dos juros pode interferir no crescimento dos resultados. Por isso, o Grupo manterá a posição de cautela e focado em atender a demanda, principalmente, dos setores de alto padrão e econômico.
“Mantemos uma postura cautelosa, principalmente devido ao elevado custo dos juros, o que impacta diretamente tanto a demanda quanto a oferta. Nossa cautela não significa inação, pois continuamos avançando em vendas e em lançamentos, e sim escolha de produtos específicos no segmento de alta renda. No que diz respeito ao Programa Minha Casa, Minha Vida, incluindo a recém-criada Faixa 4, estamos bastante otimistas e com grande apetite para novos projetos”.
Quanto às vendas, sem lançamentos no período e concentrados em vender os estoques disponíveis, as mesmas recuaram 17% no primeiro trimestre, movimentando R$ 171,6 milhões.
Lançamentos
As expectativas para o ano são positivas e estão previstos lançamentos. As alterações promovidas pelo governo federal no programa Minha Casa, Minha Vida, incluindo incrementos de preços e faixas de renda, bem como a criação da nova faixa do Programa, a Faixa 4, com imóveis até R$ 500 mil, darão impulso ao volume de lançamentos e vendas.
A empresa conta com um landbank, atual, de quase R$ 1 bilhão em Valor Geral de Vendas (VGV) nessa faixa e que terão seus ciclos de lançamento antecipados. O landbank total da empresa no período ficou em R$ 15,78 bilhões. Minas Gerais está na rota de novos empreendimentos.
“Temos um bom volume de lançamentos para o ano de 2025. Em Minas Gerais, estão previstos entre três e cinco novos empreendimentos, distribuídos em cidades estratégicas do Estado”, disse Gonçalves.
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