Grupo Zelo inaugura cinerário no Parque da Colina, em Belo Horizonte

O Grupo Zelo inaugurou, no Cemitério e Crematório Parque da Colina, localizado na região Oeste de Belo Horizonte, um espaço para guardar cinzas de entes queridos falecidos após o processo de cremação. A construção do cinerário demandou investimentos de R$ 500 mil e tem o objetivo de oferecer acolhimento junto à natureza. O sepultamento das cinzas acontece em um espaço ao ar livre e integrado à natureza, uma novidade no mercado brasileiro.
Diferente dos columbários convencionais, que geralmente possuem estruturas verticais internas, no cinerário do Parque da Colina o sepultamento das cinzas acontece em solo ou lóculos verticais, ao ar livre, com vegetação, espelho d’água e elementos simbólicos que promovem conexão afetiva.
Conforme o CEO do Grupo Zelo, Lucas Provenza, a expectativa com o cinerário é atender os clientes de cremação que não sabem o que fazer com as cinzas dos entes queridos e que também buscam por um espaço digno para preservar a memória.
“O espaço traz um pouco do paisagismo do parque, fica perto da natureza, da lagoa, das árvores e também é um espaço de contemplação. É uma forma, ao invés de espargir as cinzas, de poder guardar memórias das pessoas que se foram e perpetuar o legado”, diz.
Ainda conforme Provenza a cremação tem ganhado participação nos negócios do grupo, com crescimento anual, apesar da tradição do sepultamento ser a mais forte. No Colina, a cremação responde por 12% de todo serviço prestado, no Grupo Zelo a porcentagem chega a 13%. “Várias famílias têm optado pela cremação, então, trouxemos algo novo e original para esse público que tem crescido muito”, conta.
Tradição
Para o CRO do Grupo Zelo, Alessandro Oliveira, a escolha do Parque da Colina para receber o cinerário se deve à população mineira ser mais tradicional.
“A população mineira preserva suas tradições e o modelo do cinerário é bem pertinente ao comportamento do mineiro. Apesar da cremação ser crescente, em Minas Gerais ela segue estabilizada muito pelo conservadorismo. Quando conhecemos o modelo de cinerário no Chile, percebemos que seria uma opção para atender o público do Estado, com a possibilidade de colocar as cinzas de forma perene em um espaço reservado, com segurança e com garantia de que o espaço não será destinado para outras coisas”, explica.
O custo para do cinerário varia conforme o tipo de serviço prestado, indo de R$ 5 mil até R$ 8 mil. “No plano de R$ 5 mil as cinzas, separadas, são sepultadas em um lóculo compartilhado. Já no plano de R$ 8 mil, são sepultadas em uma estrutura verticalizada, com identificação específica e cerimônia de homenagem”, diz Oliveira.
Até 2027, investimentos do Grupo Zelo somarão R$ 190,1 milhões
Em relação ao mercado, o crescimento dos negócios é constante, o que tem estimulado investimentos, principalmente, em Minas Gerais, onde o Grupo Zelo foi fundado. Até 2027, os investimentos do Grupo Zelo somarão R$ 190,1 milhões.
No final do ano passado, o grupo captou R$ 130 milhões em melhorias operacionais e aquisições, reformas e retrofits de várias unidades do grupo no País.
No que se refere ao uso da Inteligência Artificial (IA), este ano, o Grupo Zelo recebeu um financiamento de R$ 561 mil via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) para o desenvolvimento de uma plataforma para relacionamento com o cliente. O contrato tem contrapartida financeira e econômica para a captação, assim, o Grupo Zelo soma ao valor mais R$ 716 mil, totalizando cerca de R$ 1,2 milhão de investimentos até 2027.
Ainda no setor de pesquisa e inovação, o grupo vai aportar R$ 58,9 milhões em projetos de tecnologias e inovação, parte do recurso, R$ 47,1 milhões, é financiado pela Finep, empresa pública brasileira de fomento à ciência, tecnologia e inovação. O restante, R$ 11,8 milhões, são de investimentos próprios.
De acordo com o CEO do Grupo Zelo, Lucas Provenza, Minas Gerais recebe boa parte dos investimentos feitos pelo grupo. Ele destaca a construção, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), de um grande memorial, com o objetivo de atender a população da cidade e do entorno, como Ibirité. O grupo segue atento às oportunidades para novos investimentos.
“Agora, estamos olhando um novo espaço em Betim para que a gente monte uma estrutura muito parecida com a de Belo Horizonte. No interior, continuamos expandindo as operações e pretendemos voltar a fazer os M&A em breve. Vamos assinar dois ou três contratos ainda este mês e esperamos ter mais até o final do ano”, conta.
Em relação aos projetos de investimentos, além de Betim, haverá aportes em Barbacena, na região Central do Estado – onde o plano é readequar as estruturas do grupo. Há previsão de investimentos também no Noroeste de Minas, próximo a Várzea da Palma e Brasilândia. “Nossa meta é, em 24 meses, reformar mais de 100 unidades, sendo a maior parte em Minas Gerais”, diz.
Além dos investimentos em infraestrutura, o Grupo Zelo também aporta em tecnologias e ativos digitais, incluindo, o desenvolvimento do auto serviços, onde o cliente terá grande parte do atendimento remoto. “A parte de tecnologia e ativos digitais tem recebido boa parte dos recursos investidos”, explica.
Investimentos e expansão do Grupo
O Grupo Zelo prevê R$ 190,1 milhões em investimentos até 2027, sendo boa parte direcionada a Minas Gerais, estado onde foi fundado.
- R$ 130 milhões já foram captados para melhorias operacionais e aquisições.
- Projetos incluem memorial em Contagem e expansões para Betim, Barbacena e Noroeste de Minas.
- Pesquisa e inovação receberão R$ 58,9 milhões, parte via Finep e Fapemig, para plataformas digitais e inteligência artificial voltadas ao atendimento.
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