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Guerra, Poder & Liderança Espiritualizada

Guerra, Poder & Liderança Espiritualizada

Em meio a tantos desafios, caos, crises, o que pode representar uma guerra nesse contexto? Seria a própria involução da humanidade ou apenas reflexo do poder, das economias e das lideranças que ainda comandam o mundo? Talvez tudo isso junto e misturado.

Acredito que o alcance do poder sem um propósito coletivo seja uma das grandes causas dos conflitos que vivemos. A guerra é apenas resultado daquilo que deixamos de cultivar e que nos levam a situações extremas. Nesse cenário, egos e vaidades são potencializados e o uso do poder tende a ser catastrófico. Interesses individuais e autoritarismo ganham forma e força.

Vivenciamos várias guerras, seja ela entre países, nas organizações por busca de espaço ou nas comunidades para se ter voz.

O lucro é importante e necessário, sobretudo, quando esse lucro esmaga alguma das partes envolvidas, evidencia a priorização do objetivo individual em detrimento ao propósito coletivo. Daí a importância do Capitalismo Consciente, a consciência do todo e não apenas da parte.

E o que a liderança tem a ver com tudo isso? Tudo! Afinal, são as lideranças que promovem grandes mudanças.

Mas, aqui, me reservo a compartilhar a liderança baseada em valores universais: a Liderança Espiritualizada. Como exemplo, menciono um dos líderes mais espiritualizados que tive oportunidade de estudar: Nelson Mandela.

Vou me atender as práticas para juntos alcançarmos os conceitos.

A vida nos ensina que o revide (prática) é a coisa mais provável que iremos aprender (conceito) e aqui me refiro às agressões físicas e morais, mas a pergunta é: Quando nos igualamos na ignorância, somos o quê? Igualmente ignorantes.

Então, devo fazer-me uma pergunta: E é isso que quero aprender?

Retornando ao Mandela, um ser que apresentou um nível elevado de consciência. Vou utilizar a economia e matemática para explicar parte dessa liderança espiritualizada.

Há uma passagem, em sua trajetória, em que sua equipe estava por tomar uma decisão que impactaria consideravelmente o que ele pretendia para a África do Sul (filme Invicuts). Ao receber essa informação desloca-se imediatamente para o local onde a comunidade estava reunida. No entanto, a decisão seria um revide a situações de opressão, o que aumentaria os conflitos. Fazendo uso de sua influência, Mandela questiona o grupo sobre a decisão e conseguiu reverter tal decisão.

No retorno ao gabinete, sua assessora o questiona sobre estar arriscando sua liderança e capital político em causas pouco importantes. Ele afirma que não há liderança sem risco e que tal decisão dificultaria seu governo, intensificaria os conflitos e reduziria as chances em estabelecer alianças para promoção das mudanças almejadas para o país e que era necessário quebrar o círculo vicioso dos acontecimentos, especialmente do revide.

Então, sua assessora pergunta: “Então tudo isso é um cálculo político?”. “Não, isso é um cálculo humano”, responde Mandela.

Para conquistar a confiança do outro é importante conhecer e reconhecer as necessidades das partes envolvidas. A melhor forma de fazer isso é apresentar uma outra “moeda”, a moeda dos valores que nos conectam, dos valores da espiritualidade, a exemplo da confiança, respeito, justiça e pertencimento.

Devemos entender que todos têm sua importância, que fazemos parte de um todo e que a parte jamais poderá ser mais importante que o todo. Por isso, o coletivo deve ser prioridade.

As guerras são reflexos de acomodações que tivemos ao longo da história, transfere para longe os problemas presentes e cria dependência. Isso também é poder.

Listo sete aspectos que podemos observar em líderes espiritualizados:

1. Olham para o futuro. Criam visões para o todo. Fazem com que as pessoas sintam essas mudanças mesmo antes delas acontecerem e criam ações no curto, médio e longo prazos para que tudo isso se realize.

2 – São movidos por propósito.

3 – Colaboram para que pessoas percebam valor e significado naquilo que realizam diariamente.

4 – Entendem as necessidades humanas e promovem a convergência com as necessidades organizacionais.

5 – São movidos pela prosperidade coletiva e ficam felizes em ver ou fazer outros felizes.

6 – Mostram-se inquietos com os problemas e mobilizam-se para resolver parte ou a totalidade deles.

7 – Agradecem o que está disponível, naquele momento e oportunidade.

Agora, te convido a compartilhar suas impressões e reflexões.

Beijo no coração e abraços.

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