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Hospital Evangélico investe em novo modelo de gestão

Instituição se prepara para entrar no radar do mercado
Hospital Evangélico investe em novo modelo de gestão
Essa é uma jornada que vai nos levar a uma entrega de maior valor, defendeu Cláudia Silva | Crédito: Divulgação

O controle da pandemia e o relaxamento das políticas de isolamento social trazem alívio para a população e autoridades sanitárias e um novo período de adaptação para hospitais e outros equipamentos de saúde públicos e privados.

Nesse cenário, o Hospital Evangélico de Belo Horizonte (HE) investe para aprimorar sua gestão e estrutura, por meio da parceria com a Central dos Hospitais de Minas Gerais, para ingresso da instituição no projeto QualificaSUS, que oferece consultorias especializadas que darão o suporte necessário para a implantação do Grupo de Diagnósticos Relacionados (DRG) de forma eficiente e de acordo com as diretrizes da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

A iniciativa permite a consolidação de uma estrutura de governança assistencial moderna e comprometida com os melhores desfechos clínicos. De acordo com a diretora-executiva do Hospital Evangélico de Belo Horizonte, Cláudia Hermínia de Lima e Silva, além de permitir um melhor resultado clínico através da coleta e correta análise de dados, a metodologia vai propiciar que a SES-MG tenha acesso aos dados do HE e avaliem a política de remuneração do hospital.

A Central dos Hospitais é uma apoiadora que faz a interface entre o Hospital Evangélico e outras seis importantes empresas e instituições que vão atuar sobre os eixos de implantação do projeto QualificaSUS, que oferece consultorias especializadas que darão o suporte necessário para a implantação do DRG .

Dessa forma, o HE pode participar do programa OtimizaSUS, que tem por objetivo ampliar o acesso qualificado da população aos serviços e otimizar a utilização de recursos com foco na melhoria dos processos de trabalho dos estabelecimentos hospitalares. Para isso o projeto tem dois eixos principais: fomento à utilização da Metodologia de Grupos de Diagnósticos Relacionados e subsídio à adesão ao Programa Nacional de Gestão de Custos (PNGC).

“Essa é uma jornada que vai nos levar a uma entrega de maior valor para os nossos pacientes. A secretaria não quer simplesmente repassar recursos, mas conhecer as instituições e implementar uma remuneração por valor entregue à população. Hoje sabemos que qualquer instituição de saúde precisa buscar resultados financeiros para sustentar os pagamentos e investimentos necessários para manter e ampliar o padrão de entrega à população”, explica Cláudia de Lima e Silva.

Atualmente, o hospital atende 75% de pacientes via Sistema Único de Saúde (SUS) e 25% por meio de convênios com operadoras e procedimentos particulares. Para melhorar os resultados da unidade e atrair novos contratos com operadoras de planos de saúde estão sendo realizadas melhorias na unidade como a reforma do bloco cirúrgico do Hospital Evangélico. Também foi criado o Núcleo de Excelência em Qualidade, Segurança e Desfechos Clínicos, setor estratégico para a implantação da acreditação ONA (Organização Nacional de Acreditação ), a partir de maio.

Já a Central dos Hospitais de Minas Gerais foi fundada em 2014 a partir da união da Associação dos Hospitais de Minas Gerais (AHMG) e do Sindicato dos Hospitais de Minas Gerais (SINDHOMG).

A primeira fase do projeto é a implantação da plataforma DRG Brasil. A metodologia promete ajudar o hospital a aumentar a eficiência, atendendo mais pacientes, gastando aquilo que é necessário, evitando os gastos desnecessários não remunerados pelo SUS, melhorando seu resultado operacional. Ao categorizar os pacientes por Grupos de Diagnósticos Relacionados, os hospitais públicos de Minas Gerais e as equipes assistenciais já têm os parâmetros preestabelecidos – tais como custos tempo previsto de permanência hospitalar – para conduzir o atendimento, alcançar uma boa resposta terapêutica e estruturar condições seguras para a alta hospitalar.

A segunda fase é a capacitação dos analistas, seguida pela leitura dos dados e implantação das melhorias. Este ano o foco do HE está na implantação e integração da plataforma com os demais sistemas do hospital.

“Com essa parceria estratégica, vamos reforçar a nova filosofia do Hospital Evangélico, que prima pela assistência de qualidade, para proporcionar a melhor experiência ao paciente em toda sua jornada no hospital, aumentando a eficiência, a transparência dos dados e a gestão de custos. Precisamos gerar resultados sob pena de não acompanharmos a revolução tecnológica que todos os setores estão passando, principalmente a saúde, por falta de recursos. Estamos na era 4.0 da gestão em saúde,” pontua a diretora-executiva do Hospital Evangélico de Belo Horizonte.

Além do Hospital Evangélico de Belo Horizonte, a Associação Evangélica Beneficente de Minas Gerais (AEBMG), instituição beneficente sem fins lucrativos fundada há 76 anos, também é mantenedora de outras nove unidades de negócios em Belo Horizonte, Contagem e Betim. São elas: quatro Centros de Nefrologia, dois Centros de Oftalmologia, um Centro de Oncologia, Laboratório de Análises Clínicas, Escola de Enfermagem e Instituto de Ensino e Pesquisa Euler Borja. Em 2021, o grupo realizou mais de 1,368 milhão de procedimentos médicos pelo SUS, convênios e particulares. Atualmente, a rede tem 2.100 colaboradores.

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