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Livro revela bastidores da profissão e como ser feliz no jornalismo

Obra é um tratado consciente de amor à profissão através das histórias vividas pelo autor ao longo de quase 40 anos de carreira
Livro revela bastidores da profissão e como ser feliz no jornalismo
Penna: o papel do repórter é, com respeito, confrontar informações para construir a melhor matéria possível para o leitor Foto: Divulgação / João Carlos Firpe Penna

O livro “Como é ser jornalista (e ser feliz na profissão)”, primeiro volume da coleção Profissões, da editora mineira Fino Traço, será lançado no Centro Cultural do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, em Belo Horizonte, no dia 27 de junho (quinta-feira). De autoria do jornalista e professor João Carlos Firpe Penna, a obra é um tratado consciente de amor ao jornalismo através das histórias vividas pelo autor ao longo de quase 40 anos de carreira.

“Como toda profissão, o jornalismo também tem seus desafios e mazelas. Para não sucumbir às dificuldades, além de se valer da técnica, o profissional precisa entender a ética da profissão. Ele precisa avaliar os impactos da notícia que produz e ser honesto com seu público”, afirma Penna.

Formado em Comunicação Social e em Economia, o autor foi o criador da disciplina de Jornalismo Econômico no curso de Jornalismo da PUC Minas. Ele trabalhou em diferentes jornais impressos de Belo Horizonte e Brasília, além de atuar como comentarista de TV e assessor de diversas entidades, a exemplo do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais.

A carreira começou como repórter do Diário do Comércio. Também foi colunista e editor de Economia do jornal “Hoje em Dia”. Em Brasília, atuou como coordenador de Economia da sucursal da “Folha de São Paulo”.

“Logo que me formei, fui para o Diário do Comércio. Foi uma grande experiência. Lembro de quando entrevistei o ex-vice-presidente José Alencar. Ele era presidente da Fiemg e dono da Coteminas. A entrevista era sobre o setor têxtil. Os números divulgados eram muito bons, mas ele só reclamava. Uma ou duas vezes eu questionei sobre os resultados até que ele, irritado, perguntou se eu tinha ligado para ouvi-lo ou contestá-lo. Eu escrevi a matéria e comuniquei ao editor o que havia acontecido, com medo de ser mandado embora. O editor, então, me disse que eu havia agido corretamente. O papel do repórter é, com respeito, confrontar informações para construir a melhor matéria possível para o leitor. Essa foi uma grande lição de jornalismo que tive logo no início no Diário do Comércio”, relembra o escritor.

Nos dias de hoje, o autor aponta como grandes desafios da profissão os ataques ao jornalismo profissional e a disseminação de fake news. Ainda assim, o livro, que também é dedicado aos estudantes do ensino médio, traz uma visão positiva do jornalismo.

“O meu livro não é uma obra de ficção como muitos dizem. É sim, possível, ser feliz no jornalismo, desde que o profissional entenda o seu papel diante da sociedade. Vivemos um momento histórico difícil, mas que, ao mesmo tempo, mostra a importância do jornalismo profissional. Não seremos meros publicadores de posts ou substituídos pela Inteligência Artificial porque o público merece e precisa de notícias que sejam bem apuradas, bem construídas e que tenham passado pela crítica de um profissional bem qualificado e ético”, completa Penna.

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