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Impressão 3D revoluciona mercado de artes

Impressão 3D revoluciona mercado de artes
A impressão 3D abre caminho para “todos”, diz Seixas | Crédito: DIVULGAÇÃO / Olga Santos

Criadas em meados da década de 1980, mas se tornando mais acessíveis apenas no início dos anos 2000, as impressoras 3D hoje vivem uma nova fase, com variados modelos e preços, em que alcançaram diferentes públicos.

Um mercado que se abre para a ferramenta tecnológica é o de arte. Museus pelo mundo estão reproduzindo obras importantes para que possam ser tocadas. Artistas plásticos e visuais estão explorando a capacidade de reprodução da máquina para criar séries e produtos colecionáveis.

Diante do interesse crescente, a Casa dos Quadrinhos – Escola Técnica de Artes Visuais e Digitais (CDQ), sediada em Belo Horizonte há 23 anos, oferece cursos de curta e longa duração para artistas interessados em dominar o equipamento e toda a técnica para tirar dele os melhores resultados.

De acordo com o cofundador da CDQ, Cristiano Seixas, a impressão 3D abre caminho para as pequenas produtoras audiovisuais e pequenas indústrias de games, entre outras que participam da indústria criativa, com um investimento a partir de R$ 1 mil.

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“Isso permite que essas empresas lancem seus próprios colecionáveis e outros produtos ligados aos seus personagens com um investimento baixo e não dependam da indústria de licenciamentos que dificilmente terão interesse por elas. O mais importante na indústria da criatividade é a propriedade intelectual. O barateamento da tecnologia permite que os pequenos produtores tenham autonomia e diferentes canais para expor e explorar suas criações”, explica Seixas.

A impressão 3D, porém, exige conhecimento técnico que inclui a manipulação de produtos químicos específicos. No curso de férias, que acontece nos dias 28 e 29 de janeiro, os interessados irão aprender técnicas de esculpir e pintar esculturas e de imprimi-las em 3D com o software Zbrush. As turmas terão, no máximo, 16 pessoas, e as inscrições podem ser feitas no site ou redes sociais da Casa dos Quadrinhos.

“O barateamento da impressora fez com que mais gente se interessasse, mas aqui, além da técnica, queremos mostrar que a tecnologia é uma ferramenta que, no nosso caso, está a serviço da arte e do artista. Ela muda a forma de trabalho e pode fazer com que ele tenha resultados melhores, mais expressivos, mas sem o talento e o esforço dele, nada se resolve”, pontua o cofundador da Casa dos Quadrinhos.

A imersão é uma porta de entrada para o mundo de possibilidades da impressão 3D. Para quem quer se aprofundar existe o curso semestral. Além dos cursos de impressão 3D a CDQ trabalha com uma extensa agenda anual de cursos como os tradicionais cursos de desenho básico, pintura, ilustração publicitária e artística, técnicas de animação e histórias em quadrinhos.

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