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Índice de inovação e desenvolvimento do Inpi aponta desafios para Minas

Estado ocupa a sexta posição geral no indicador, atrás de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul; destaque, especialmente, no pilar Instituições
Índice de inovação e desenvolvimento do Inpi aponta desafios para Minas
Os resultados da primeira edição foram apresentados a um grupo de pesquisadores e gestores mineiros | Crédito: Camila Rocha / FAPEMIG

Qual o cenário da inovação no Brasil e nos estados? Quais são os líderes regionais da inovação? Quais são as potencialidades e os desafios de cada macrorregião do País? Essas são algumas das perguntas que o Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (Ibid) pretende responder. Na sexta (25), os resultados de sua primeira edição foram apresentados a um grupo de pesquisadores e gestores mineiros com a proposta de provocar uma reflexão sobre os indicadores em que podemos avançar nos próximos anos.

O encontro aconteceu na sede da Fapemig e a apresentação dos resultados ficou por conta de Rodrigo Ventura, coordenador-geral da Assessoria de Assuntos Econômicos do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). Como ele destacou, o Ibid busca ser um indicador sintético oficial de referência, que deixa claros as potencialidades e os desafios sob uma ótica regional. A proposta é que seja divulgado anualmente, sempre no mês de agosto.

“A expectativa é que o Ibid traga benefícios para os governos, ao atuar como um instrumento para formulação e monitoramento de políticas públicas; para a sociedade, ao permitir melhor compreensão do cenário da inovação e conhecimento sobre potencialidades e desafios; e para o próprio INPI, ao atuar como instrumento de disseminação da cultura e uso estratégico da propriedade industrial”, destaca Ventura.

O debate com os representantes de Minas destacou a importância de tal indicador no sentido de fornecer a cada Estado informações relevantes para suas políticas públicas. A ideia é que as informações presentes no relatório do Ibid possam ser desdobradas em estratégias e direcionamentos, tendo como resultado o fortalecimento da inovação e de seus agentes no Estado.

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Resultados 2024

O Ibid foi desenvolvido pelo Inpi com base na metodologia do Índice Global de Inovação (IGI), da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Ompi). Ele é subdividido em dois grupos: contexto, referente às condições que tornam um estado ou grande região mais ou menos propício à inovação; e resultados, que abrange os produtos do processo inovativo.

Estes dois grandes grupos desagregam-se em sete pilares da inovação: Instituições, Capital humano, Infraestrutura, Economia, Negócios, Conhecimento e tecnologia e Economia criativa. Os pilares de inovação vinculam-se a 21 dimensões que, por sua vez, são construídas a partir de 74 indicadores obtidos a partir de fontes oficiais e/ou disponíveis publicamente.

De acordo com os resultados de 2024, Minas Gerais ocupa a sexta posição geral no Ibid, atrás de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, nessa ordem. O desempenho do Estado está acima da média brasileira e destaca-se, especialmente, nos pilares Instituições (3º lugar nacional) e Conhecimento e tecnologia (4º lugar nacional). De forma específica, Minas se destaca nas dimensões Ambiente institucional (2º), Indústria, comércio e serviços (2º) e Impacto do conhecimento (2º).

O pilar em que Minas obteve a pior posição nacional (8º lugar) foi em Infraestrutura. Esse pilar abrange as dimensões Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), onde ficou em 11º lugar nacional, e Sustentabilidade (12º lugar). O pior desempenho, entre as dimensões, foi em Crédito (18º lugar), formado por indicadores como volume de crédito em proporção ao PIB e financiamento de investimentos em inovação pelo BNDES.

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