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Indústria farmacêutica MedQuímica projeta faturamento anual de US$ 100 milhões

Fundada em Minas e parte do grupo indiano Lupin, farmacêutica de Juiz de Fora completa 50 anos com mais de 50 lançamentos previstos até o fim da década
Indústria farmacêutica MedQuímica projeta faturamento anual de US$ 100 milhões
Foto: Divulgação MedQuímica

A indústria farmacêutica MedQuímica, fundada em Minas Gerais, projeta encerrar o atual ano fiscal – que termina em março de 2026 – com faturamento superior a R$ 300 milhões, um crescimento de aproximadamente 25% em relação ao período anterior. A empresa, que integra o grupo indiano Lupin, também espera alcançar US$ 100 milhões (R$ 540 milhões, na cotação atual) até 2030.

As informações são do CEO da MedQuímica, Alexandre França, que relatou um desempenho abaixo das expectativas nos primeiros três meses deste ano, mas avaliou como excepcionais os resultados do segundo trimestre de 2025. “Isso nos deixa bastante otimistas para os próximos seis meses”, afirmou.

Com sede em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, a companhia comemora 50 anos no mercado. Como parte das celebrações, a meta é realizar mais de 50 lançamentos até 2030, com foco no sistema nervoso central (SNC), na linha OTC e em suplementos, segmentos que apresentam crescimento acelerado no mercado brasileiro.

Vale ressaltar que, só em 2024, a MedQuímica lançou 16 produtos no mercado, fortalecendo a presença da marca nas categorias de medicamentos isentos de prescrição (MIPs), genéricos, suplementos e linha hospitalar.

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Sede da indústria farmacêutica MedQuímica em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Foto: Divulgação MedQuímica

França ressalta que completar cinco décadas com um portfólio cada vez mais robusto e competitivo é motivo de orgulho. “Isso é resultado do trabalho de um time comprometido, focado em inovação e qualidade com acessibilidade. Nosso propósito é transformar esperança em cura, por meio de tratamentos eficazes, éticos e alinhados às reais necessidades dos pacientes brasileiros”, disse.

Além disso, a MedQuímica desenvolve um pipeline estratégico para os próximos anos. Segundo o CEO, o mercado farmacêutico brasileiro continuará crescendo em ritmo forte, e a expiração de diversas patentes abrirá oportunidades no segmento de genéricos.

“Mas não queremos apenas isso. Queremos ser reconhecidos como uma indústria farmacêutica completa, com portfólio robusto também para MIPs e produtos de prescrição”, afirmou França.

Fábrica da MedQuímica em Juiz de Fora

A fábrica da MedQuímica, que emprega cerca de 500 funcionários diretos e centenas de indiretos, também está com projetos aprovados de investimentos voltados para a planta de Juiz de Fora. Segundo o CEO da indústria, o objetivo é capacitar a fábrica para a produção de novos produtos para parcerias internacionais, como empresas de países que integram o Mercado Comum do Sul (Mercosul).

A planta conta com Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e distribuição nacional. Na última pesquisa interna de clima organizacional, o índice de engajamento chegou a 97,6%, reflexo de uma cultura baseada em respeito, cuidado e desenvolvimento humano.

A diretora de Recursos Humanos, Jurídico, Compliance, ESG e Comunicação da MedQuímica, Roberta Carlini, reforça que a diversidade e a inclusão são valores centrais. “Acreditamos que o capital humano é nosso principal diferencial competitivo”, afirmou.

Sobre a possibilidade de novas unidades, França adiantou que não há planos para outras fábricas. “Mas na atual, com certeza, sempre buscamos melhorias”, concluiu.

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