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Inteligência artificial precisa de organização de dados para ser eficaz

Antes de chegar à capital mineira, o evento passou por outras três cidades no Brasil: Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo
Inteligência artificial precisa de organização de dados para ser eficaz
Foto: Adobe Stock

O impacto da inteligência artificial (IA) e sua sinergia com a hiperautomação foram temas do AI Accelerate, realizado pela empresa especializada em soluções tecnológicas Jitterbit em Belo Horizonte. O evento reuniu especialistas e profissionais de diversas áreas que debateram também a importância da organização dos dados.

O vice-presidente de vendas e customer success da Jitterbit na América Latina, Lucas Felisberto, destacou o processo de digitalização que muitas empresas estão passando e que foi impulsionado após o período da pandemia de Covid-19. “O desafio dessas empresas é transformar tudo de maneira autônoma ou retirar pessoas de trabalhos que são muito manuais e trazer inteligência para o negócio”, relatou.

Durante a palestra ele apontou para a necessidade de sincronizar sistemas, aplicativos e fontes de dados distribuídos. Esse tipo de ação pode contribuir para a melhora do fluxo de trabalho, desempenho operacional e contribui para a transformação dos negócios.

AI Accelerate Belo Horizonte 2024.
Foto: Diário do Comércio / Leonardo Leão

O executivo ainda ressaltou que as empresas utilizam, em média, milhares de aplicações de sistemas. No entanto, apenas 28% destes aplicativos estão conectados.

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“Talvez seja bonito dizer que temos mais de mil aplicações, sistemas e várias RPs. Isso pode até parecer bonito na mensagem, mas quando vamos olhar a parte de conexão é aí que começa a preocupação, porque nada disso está conectado”, completou.

Felisberto também apresentou alguns cases de sucesso de clientes da Jitterbit, que enfrentavam diferentes dificuldades em relação aos sistemas adotados e contaram com o apoio da empresa, como é o caso da Leveros, Lacoste e Sony.

Ele reforçou que casos envolvendo o uso de dados separados ou mal conectados têm impactado a Jitterbit, que tem se posicionado no mercado para tentar resolver esse cenário, essa dor dos clientes.

Além da capital mineira, o evento também passou pela cidade do Rio de Janeiro, na última terça-feira (5); em Curitiba e Nova Yorque, no mês passado; já São Paulo recebeu o AI Accelerate em setembro deste ano; e Londres foi a sede do evento no mês de junho.

Crise de mão de obra na área de TI

Ao longo da conversa, o vice-presidente de vendas também apresentou alguns dados sobre o aumento da demanda não atendida por profissionais do ramo de tecnologia da informação (TI) e de negócios. Segundo ele, 93% das empresas relatam dificuldades em encontrar mão de obra qualificada na área de TI e um terço das vagas na engenharia não são preenchidas anualmente.

Outro fato interessante demonstrado no AI Accelerate Belo Horizonte é que 85% dos trabalhadores esperam que a inteligência artificial melhore suas funções. No entanto, Felisberto ressaltou que para utilizar essa ferramenta é preciso contar com dados organizados.

“De nada adianta nós falarmos sobre essa pauta de realidade sem antes falar sobre a orquestração e os dados organizados. Mas nós entendemos que a IA irá revolucionar o mercado”, salientou.

Mão de obra na área de tecnologia.
Foto: Adobe Stock

Na avaliação do executivo, as conversas com clientes e colaboradores têm sido muito valiosas, contribuindo para a apresentação de uma nova metodologia voltada para a organização dos dados e preparar para uma inteligência artificial. Tudo isso poderá proporcionar maior eficiência financeira, vendas e também produtividade.

Já o gerente de engenharia de vendas da Jitterbit na América Latina, Alexandre Oliveira Pinto, relembrou toda linha do tempo da inteligência artificial, desde os anos 1950, quando ainda era apenas uma teoria, até os dias atuais, com a presença de inúmeras ferramentas disponíveis para uso.

“Esses modelos de IA vão ficando mais simples e mais baratos para usar, eu passo a ter mais acesso a isso, até chegar a um ponto em que nós temos IA como infraestrutura. Podemos entrar em uma página e nela aparece um campo onde podemos fazer todas as interações que desejamos”, relatou.

Ao longo da palestra, tanto Oliveira Pinto quanto Felisberto buscaram destacar o papel da inteligência artificial para solucionar questões, que parecem ser mais simples, mas que demandam tempo que poderiam ser investidas em outras ações na empresa.

Um dos principais exemplos citados é o uso, por parte de muitas companhias, de planilhas ou demais ferramentas que poderiam ser substituídas por sistemas de IA capazes de realizar as mesmas tarefas de forma mais eficiente.

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