Negócios

Inteligência artificial pode melhorar pós-venda no setor de turismo

Empresa propõe o uso da tecnologia para reduzir o atrito das empresas de turismo entre si e com os clientes
Inteligência artificial pode melhorar pós-venda no setor de turismo
Empresa foge das soluções genéricas em IA | Foto: Divulgação Blis AI

Tarefas complexas e, muitas vezes, repetitivas como cotação, reserva de hotéis, marcação de assentos e reemissão de passagens aéreas, por exemplo, costumam consumir muito tempo e mão de obra nas agências de viagem e consolidadoras. O uso da inteligência artificial (IA) para automatizar os processos e liberar os colaboradores para tarefas mais estratégicas ou para resolver problemas que a máquina não é capaz é a proposta da Blis AI. A empresa, sediada em Belo Horizonte, propõe o uso da inteligência artificial para reduzir o atrito das empresas de turismo entre si e com os clientes.

De acordo com o CEO da Blis AI, Rafael Cohen, as empresas ainda gastam muitos profissionais bem preparados em tarefas manuais e repetitivas. A ideia da Blis é construir uma solução verticalizada para o setor, fugindo das soluções genéricas em IA.

“Existe um problema de suporte ao cliente. Construímos agentes de IA dedicados para os agentes de viagem e companhias aéreas. Hoje existem algumas soluções para pós-venda, mas elas são genéricas. O que fazemos é uma solução em inteligência artificial pensada no turismo e focada no conversacional. Com isso, há um ganho muito forte na experiência do cliente com ganho de eficiência para as empresas”, explica Cohen.

A reemissão de bilhetes aéreos, que é um dos processos mais críticos e complexos para as agências, é uma das prioridades da Blis AI. A tarefa envolve a análise de regras tarifárias intrincadas, cálculo de diferenças de valores, verificação de disponibilidade de voos, o conhecimento de políticas específicas de cada companhia aérea e a política de viagens do cliente, se for um caso de turismo corporativo.

O segmento de turismo de negócios é o principal foco da Blis. Os números do setor justificam a opção. De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), entre janeiro e outubro de 2025, o segmento movimentou R$ 11,6 bilhões. A projeção da entidade é que o faturamento do ano alcance R$ 14,3 bilhões, o maior já registrado pelo setor.

Para viabilizar o desenvolvimento da tecnologia e investir no setor comercial, a Blis AI foi ao mercado de capitais captar R$ 1 milhão em uma rodada de investimento pre-seed. O aporte foi liderado pela Magela Capital e pela Stamina Ventures, que realizou seu primeiro investimento em uma empresa com fundadores de Belo Horizonte. Um terceiro fundo estratégico também participou da rodada.

“Essa captação vai nos ajudar a desenvolver o produto e também investir na parte comercial. Hoje, também com o uso da IA, existe uma otimização dos desenvolvedores e nós acreditamos que devemos ter uma equipe enxuta e extremamente qualificada. Então vamos buscar esses profissionais oferecendo um pacote que mescla boa remuneração e um propósito”, pontua o CEO e cofundador da Blis AI.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas