Invisible Banking redefine relação empresa-cliente
O sistema financeiro passa por uma transformação que promete mudar a forma como consumidores e empresas lidam com o dinheiro. Chamado de Invisible Banking, o fenômeno consiste na integração de serviços financeiros – como pagamentos, crédito e transferências – diretamente em plataformas do cotidiano, como aplicativos de mobilidade, e-commerces e redes sociais.
De acordo com estimativas da Juniper Research, as soluções de embedded finance devem movimentar mais de US$ 180 bilhões até 2027, impulsionadas por parcerias entre fintechs, varejo e grandes plataformas digitais.
Segundo o diretor de Estratégia da Actionline, Thiago Carvalho, o avanço vai além da tecnologia. “O cliente quer fluidez, rapidez e confiança. Ele não deseja ir até o banco, espera que o banco esteja disponível, de forma invisível, sempre que precisar”, afirma.
No novo modelo, o banco deixa de ser um destino e passa a estar presente em todos os pontos de contato da jornada do cliente. Pagamentos e solicitações de crédito se tornam ações automáticas, incorporadas às plataformas de compra ou transporte.
A proposta, segundo Carvalho, é eliminar o atrito da experiência. “O usuário não quer sentir que está realizando uma operação bancária. A tecnologia permite que isso aconteça de forma fluida, sem etapas desnecessárias.”
Com o apoio de inteligência artificial e análise de dados, as instituições conseguem prever necessidades e oferecer soluções sob medida, como parcelamentos personalizados ou crédito ajustado ao perfil de consumo.
No entanto, o avanço traz também desafios relacionados à confiança e à proteção de dados. O modelo depende de transparência no uso das informações e de mecanismos sólidos contra fraudes. “A confiança será a moeda mais valiosa dessa transformação”, reforça o executivo.
A automação de processos e a integração de sistemas reduzem custos e liberam equipes para atividades de maior valor agregado. Para bancos e fintechs, o Invisible Banking representa uma oportunidade de competir por espaço em um mercado cada vez mais digital e descentralizado.
O Invisible Banking não marca o fim das instituições financeiras, mas a sua presença constante em todos os ambientes de consumo. Para os clientes, significa conveniência e personalização; para o setor financeiro, um novo campo de inovação e eficiência.
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