Krug prevê salto de quase 100% na produção até 2023

A cervejaria Krug Bier, localizada no bairro Jardim Canadá, em Nova Lima (RMBH), pretende chegar à capacidade de produção de 1 milhão de litros por mês no próximo ano. A marca conclui, até o fim deste exercício, um primeiro ciclo de investimentos de R$ 10 milhões, que permitirá saltar dos atuais 600 mil litros/mês para 800 mil litros/mês. Em seguida, iniciará novos aportes, incluindo equipamentos maiores e mais sofisticados para a sala de brassagem e armazenamento, em vistas de dar continuidade ao plano de expansão.
Quem conta é o sócio-proprietário da Krug, Alexandre Bruzzi. Segundo ele, outra novidade, prevista para os próximos meses é a inauguração do Biergarten (espaço para eventos da marca) anexo à fábrica. “Adequamos o layout da cervejaria e integramos o Biergarten, de maneira a termos um espaço voltado para o cliente, com produtos diferenciados, atendimento exclusivo e relacionamento mais estreito com a marca. Paralelamente, teremos acessos guiados e realização de eventos, proporcionando uma experiência única a quem vier nos visitar”, revela.
Tamanho otimismo se deve não apenas ao que a empresa deseja se tornar, mas ao que já conquistou nos últimos anos. Primeira cervejaria de Minas Gerais, inaugurada em 1997, nasceu no bairro Belvedere, em Belo Horizonte, mas com o crescimento da demanda, em 2005, transferiu as operações fabris para Nova Lima. Com a saída da Backer do mercado, após o episódio de intoxicação ocorrido em 2020, tornou-se a maior produtora do Estado e conta hoje com mais de 25 tipos de cervejas diferentes.
No ano passado, a empresa registrou aumento de 65% no volume de vendas sobre 2020, sendo a cerveja em garrafa uma das grandes protagonistas desse crescimento. Já para 2022 a meta é alcançar incremento de 50% no volume de vendas em relação ao ano anterior.
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Conforme Bruzzi, desde o início da pandemia, em 2020, a comercialização em garrafa mais que dobrou e vem mantendo essa posição de destaque na produção. Porém, com o avanço da vacinação, a reabertura de bares e restaurantes e a realização de eventos, as vendas de chope retomaram o fôlego no fim do exercício passado.
“Sempre foi muito sazonal: cervejas em maior volume durante o ano e chope com boom em épocas de festas. Mas antes da pandemia havia um equilíbrio nas vendas. Com as restrições trazidas pela doença, a proporção se distanciou e chegamos a ter 70% das vendas de cerveja e apenas 30% de chope”, explica.
Assim, a parceria com bares e restaurantes tem aumentado. No último ano, a cervejaria conquistou mais de 200 novos pontos de vendas para o comércio de seus chopes. Outro canal direto com o cliente é o e-commerce próprio, que vem crescendo, desde 2020, e se confirmando com um dos carros-chefes nas vendas de cerveja em garrafas e latas para o público final, atingindo marca superior a 200 mil acessos únicos por mês.
Atualmente, 90% das vendas da marca estão em Minas Gerais. O restante é bem dividido entre outras regiões do País, especialmente em São Paulo, Espírito Santo e na capital federal. Porém, nestes locais a venda é feita por parceiros distribuidores. O plano é, a partir do ano que vem, contar com uma equipe externa de vendas para atuar nestes mercados.
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