Laboratório São Paulo prepara expansão

A receita seguida por grandes players pelo mundo para sobreviver e continuar crescendo em um mercado de constante competição é sempre inovar. E essa também foi e segue sendo a aposta vitoriosa do Laboratório São Paulo. Sediada em Belo Horizonte, a rede completa 85 anos com 10 unidades – cinco na Capital e cinco na região metropolitana – e com planos de expansão para a região Central do Estado.

De acordo com o CEO do Laboratório São Paulo, Daniel Dias Ribeiro, tudo começou em 1937, quando o seu avô vislumbrou uma boa oportunidade de negócio na jovem capital mineira.

“Naquela época a cidade recebia muitas pessoas para o tratamento da tuberculose. Meu avô trabalhava em um prédio que abrigava consultórios médicos e percebeu que havia uma grande dificuldade quanto aos exames. Praticamente não existiam laboratórios clínicos. E foi assim que ele criou o Laboratório São Paulo”, lembra Ribeiro.

De lá pra cá a tecnologia a serviço da saúde deu um salto. Em 2021, o laboratório realizou mais de 2 milhões de exames com atendimento de mais de 300 mil pacientes. A empresa, mantendo a linha de inovação, acabou de montar uma área de Biologia Molecular com capacidade de realizar vários tipos de exames com essa tecnologia. O Laboratório São Paulo também passou a fazer novos exames como: galactomanana (Diagnóstico da Aspergilose), nível sérico de metotrexato e nível sérico de ciclosporina (pacientes oncológicos). Atualmente, gera 180 empregos.

“Para crescer, sempre buscamos tudo de mais moderno que existisse em termos de tecnologia e atendimento. Acompanhando a evolução das técnicas e tecnologias. Outro ponto fundamental é que é um laboratório muito voltado para o médico. Nos aprofundamos nessa relação e procuramos individualizar bem os pacientes, como se cada um fosse o único dentro do laboratório. O nosso desafio é crescer sem perder a cara de pequeno. O fato de sermos uma empresa mineira, preocupada com quem mora aqui, é um diferencial. O laboratório não é um lugar agradável para o cliente. Ele vai a um lugar que não quer ir, muitas vezes em jejum, alguém vai espetá-lo e ainda vai passar pela ansiedade do resultado. Então precisamos oferecer um atendimento humanizado e acolhedor”, pontua.

Como herança, o período da pandemia deixou para rede uma maior exposição frente ao público e ganho de eficiência. Ainda assim, os últimos dois anos foram classificados como muito árduos pelo executivo.

“Quando aconteciam os picos de contaminação da população os nossos índices internos também subiam, justo quando o serviço aumentava. O time inteiro se desdobrou. Com o tempo conseguimos reagir mais rápido diante dessa circunstância. É certo que houve um ganho financeiro interessante por causa do exame da Covid-19, mas isso acabou. O importante é que aprendemos a ser eficientes, ganhando qualidade com menos gente e automação. Tivemos, por exemplo, um aumento da coleta domiciliar muito grande e esse é um ganho que ficou. Passamos de oito coletas para 90 e agora estamos com 40. Fizemos tudo muito rápido, ficamos muito expostos. A Covid-19 nos mostrou para a população”.

O laboratório tem parceria com mais de 45 convênios e o nível de satisfação dos pacientes (NPS) tem média de 85% nos últimos três anos. A expectativa é continuar crescendo na área hospitalar e no interior por meio de parcerias.

“Entramos para a área hospitalar em 2018 e existe uma atenção nossa para essa vertical. Também buscamos parcerias com laboratórios menores que querem aprender. Temos algumas unidades no interior que começaram como parceria. Eles tinham demandas específicas, como recursos humanos ou tecnologia, por exemplo. De um lado, eles aceleram a modernização que precisam e, de outro, a gente não começa do zero em uma nova praça. Normalmente não fazemos uma conversão de bandeira. O nome e o respeito conquistado pelo laboratório tradicional naquela cidade nos interessam e integramos um ‘by Laboratório São Paulo’, à marca”, completa o CEO do Laboratório São Paulo.