Latam reduz emissão de CO2 em Confins
O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, localizado em Confins, na RMBH, conta agora com serviço de ground handling sustentável. Juntas, a administradora do terminal, BH Airport, a Latam Brasil e a empresa Real Aviation investiram mais de R$ 30 milhões para que as operações de solo da companhia aérea sejam realizadas por equipamentos movidos a energia elétrica em vez de diesel. O resultado é a possibilidade de realizar os serviços com zero emissão de poluentes, contribuindo para a diminuição de gás carbônico (CO2) na atmosfera.
A iniciativa torna o aeroporto o primeiro da América Latina a implementar a operação de ground handling 100% elétrica. A Latam, por sua vez, a primeira empresa do Brasil a utilizar 100% de energia elétrica em operações de solo.
A maior parte dos recursos (R$ 26 milhões) foi aplicada pela BH Airport na infraestrutura necessária para viabilizar as operações. O aeroporto agora conta com pontos de energia para o carregamento dos veículos e uma subestação que permitirá a ampliação da estrutura para outras companhias aéreas. Quem explica é o gestor de operações e segurança da BH Airport, Robson Freitas. Ele classifica o momento como histórico para o terminal.
“Este é um momento histórico na aviação. A BH Airport se identifica com esse tipo de projeto, pois está bem alinhado com nossa estratégia corporativa para que o aeroporto seja considerado como um Aeroporto Verde, conforme certificação internacional de Aeroportos da América Latina. Já somos reconhecidos por essa atuação e projetos como esse contribuem para que a gente consiga outras certificações vinculadas à sustentabilidade, principalmente, no que diz respeito à pegada de carbono”, afirma.
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Latam vai replicar modelo em outros aeroportos
Este é um projeto-piloto da Latam, que pretende levar a iniciativa para outros aeroportos do Brasil e do mundo nos próximos anos. Em Confins, a meta é converter as operações em 100% dos voos até o final de 2023. Em 2021, a companhia aérea assumiu o compromisso de ser mais sustentável, estabelecendo a meta de ser totalmente carbono neutro até 2050. Conforme o diretor de Aeroportos da Latam Brasil, Derick Barboza, a ação é mais uma medida que ajudará a empresa atingir o objetivo.
Ele cita que os esforços contemplam pelo menos 50% dos voos da empresa em Belo Horizonte e vão permitir que a companhia deixe de emitir 114 toneladas de gás carbônico (CO2) nos próximos 12 meses no principal aeroporto de Minas Gerais. Esse volume corresponde ao consumo equivalente de CO2 dos equipamentos movidos a diesel usados para atender à sua operação hoje.
“Nosso objetivo, junto com a BH Airport e com a Real, é que consigamos ter 100% das operações no Aeroporto de Confins atendidas por essa tecnologia até o final de 2023. Além disso, temos o intuito de incentivar demais parceiros em outros aeroportos onde nós operamos aqui no Brasil a adotarem a mesma prática, seguindo o caminho de sustentabilidade”, garante.
Conforme Barboza, a conversão no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte foi apenas o primeiro passo. O segundo será a completa operação sustentável no terminal para, na sequência, implementar nos demais aeroportos. “O Aeroporto Internacional de Brasília provavelmente será o próximo”, adianta.
Vale dizer que o investimento da Latam ocorreu na exclusividade do serviço, por meio de parceiros que oferecem soluções sustentáveis e complementares à sua meta global de sustentabilidade. Já a Real Aviation, empresa belo-horizontina de ground handling, investiu na compra dos equipamentos movidos 100% a energia elétrica, uma tecnologia em expansão, porém ainda de difícil aquisição, como esclarece o CEO Adriano Bruno.
“Para atender 10 voos diários da Latam, compramos cinco equipamentos 100% elétricos, sendo um rebocador, dois tratores de bagagens e duas esteiras para carregamento de bagagens. É uma tecnologia que veio para ficar”, diz.
DC RESPONDE
O que é Ground Handling?
Ground Handling é o mesmo que atendimento de rampa. São todos os serviços prestados em terra para apoio às companhias aéreas, por meio de aeronaves, passageiros, bagagens e cargas durante a chegada e a partida em um aeroporto. Estes serviços podem ser prestados pelos próprios aeroportos ou por empresas terceirizadas.
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